Inicialmente, o homem atirou uma jarra de vidro em direção à magistrada. Depois, a golpeou no pescoço com uma faca de cozinha, deixando ferimentos leves na magistrada. Levado pela Polícia Federal, o procurador foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio.
Ainda não se sabe o motivo do ataque. Depois de contido, o procurador afirmou que "queria fazer protesto". Segundo testemunhas, o homem disse frases desconexas, entre elas "vou fazer o que Janot não fez" - em referência a declaração do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que disse ao jornal O Estado de S. Paulo que chegou a ir armado para uma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) com a intenção de matar a tiros o ministro Gilmar Mendes.
No mesmo dia do atentado, as entidades já haviam manifestado indignação sobre o caso, afirmando que os magistrados sofrem de "falta de segurança crônica" e que "momento político contribui para acirramento dos ânimos e o desrespeito ás instituições".
Além da Ajude e da Ajufesp, a Associação dos Magistrados Brasileiros, maior entidade de juízes no país, que também divulgou nota sobre o caso, "condenando" o atentado à juíza Louise Filgueiras e destacando o respeito e a segurança dos magistrados.
Na avaliação da associação, o atentado evidencia "o risco a que estão submetidos os magistrados". "Nos últimos tempos tem-se cultivado uma política de ódio, de violência, de divisão e desrespeito às autoridades constituídas, em especial do Poder Judiciário, a exigir respostas firmes e adequadas à recomposição da ordem e do progresso.", escreveu a associação.