Paola Bulgarelli foi estuprada, morta e jogada em um rio em junho de 2015 - Reprodução
Paola Bulgarelli foi estuprada, morta e jogada em um rio em junho de 2015Reprodução
Por ESTADÃO CONTEÚDO
São Paulo - O Tribunal do Júri condenou a 32 anos e 4 meses de prisão em regime fechado o rapaz acusado de estuprar e matar, em junho de 2015, a jovem Paola Bulgarelli, então com 20 anos, em Araçatuba, no interior de São Paulo.

No julgamento, encerrado no início da noite desta quarta-feira, 9, o réu José Emerson de Barros Lins, conhecido como Miojo, deu detalhes de como cometeu o crime. A defesa informou que vai entrar com recurso para pedir a anulação da sentença.

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Rio em que corpo foi encontrado Divulgação
Mijo chegou a ir ao velório de Paola, após estupro e assassinato Reprodução


Lins foi sentenciado por homicídio, estupro, ocultação de cadáver e furto, por ter levado o celular da vítima. Somente o homicídio qualificado rendeu condenação de 20 anos e 10 meses. Os outros crimes acresceram 11 anos e seis meses à pena total.

Durante o julgamento, os jurados ouviram o depoimento do delegado que solucionou o caso. O réu confessou o crime durante a audiência, levando o juiz a dispensar outras testemunhas.

Paola foi atacada quando seguia para o trabalho, em uma lanchonete. A investigação apurou que o autor do crime conhecia sua rotina. Ele a rendeu, levou a um matagal e a estuprou. Conforme a denúncia, para esconder o crime, ele a matou a pauladas e jogou o corpo no Rio Baguaçu.

A jovem foi dada como desaparecida, e as buscas mobilizaram a região em que ela morava. O corpo foi encontrado sete dias depois, boiando no rio. O autor do crime, que chegou a comparecer ao velório da vítima, foi preso dois dias depois, escondido em casa de parentes.

Ele confessou o assassinato e causou revolta ao contar que a jovem implorou para que não a matasse. A polícia chegou a investigar participação de outras pessoas no crime, e moradores fizeram manifestações pedindo agilidade na apuração.

Em fevereiro deste ano, a defesa pediu que o acusado fosse submetido a exame de sanidade mental. O laudo indicou que ele tinha consciência dos seus atos. Após o julgamento, Lins foi levado para a Penitenciária de Penápolis (SP), onde já estava preso desde a época do crime.