Segundo o contador Agenor Hermógens Canuto Neto, amigo de infância de Santos, o empresário foi socorrido no Hospital João XXIII, estabelecimento público administrado pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais.
Sem mencionar nomes, a Fundação Hospitalar confirmou que os três homens feridos em decorrência do choque do avião contra o solo estão internados no João XXIII.
Além de Santos, um outro paciente está internado no Bloco Cirúrgico e seu quadro é considerado gravíssimo. A terceira vítima encontra-se na unidade de Politraumatismo, com 20% do corpo queimado. Os três feridos sofreram queimaduras de 2º e 3º graus.
Cruzando as informações fornecidas pelo operador no Registro Aeronáutico Brasileiro com os da Receita Federal, a reportagem não conseguiu identificar o setor de atividade a que Santos se dedica atualmente.
Os mesmos dados, no entanto, indicam que, em 2014, ele fundou uma pequena empresa de desenvolvimento de programas de computador sob encomenda, com capital social de R$ 2 mil. Hoje, o mesmo CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) está associado a uma outra pessoa e a uma outra empresa.
Os representantes da Helicon e o contador Agenor Hermógens Canuto Neto disseram não saber informar para que a aeronave seria utilizada.
O aparelho caiu em uma área residencial do bairro Caiçara, na região Noroeste da capital mineira, perto das 9 horas desta segunda-feira. Na queda, atingiu pelo menos três carros, pegando fogo em seguida.
Três pessoas morreram: um ocupante do avião; uma pessoa que estava dentro de um dos três veículos atingidos em solo pela aeronave e, possivelmente, um pedestre que passava pelo local no momento do acidente.
Vizinha do local onde o avião caiu, no cruzamento das ruas Rosinha Sigaud com Minerva, a cerca de 1,3 quilômetro do Aeroporto Carlos Prates, de onde partiu o monomotor, Célia Abadia Boy contou que ouviu um barulho muito forte, semelhante a uma explosão, e correu para janela.
Este é o segundo acidente do tipo registrado este ano no mesmo bairro. Em abril, um monomotor modelo Socata ST-10 Diplomate caiu sobre a rua Minerva, matando o piloto, o médico Francisco Fabiano Gontijo, 47 anos, e um instrutor de voo.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou na época, a aeronave estava voando com a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) vencida. Obrigatório, esse documento deve ser renovado anualmente.