Caso ocorreu na Maternidade Marlene Teixeira, em Aparecida de Goiânia, Goiás - Reprodução/TV Anhanguera
Caso ocorreu na Maternidade Marlene Teixeira, em Aparecida de Goiânia, GoiásReprodução/TV Anhanguera
Por O Dia
Goiânia - O corpo do recém-nascido Rogério Cardoso de Almeida Filho, que nasceu pré-maturo, foi encontrado em uma empresa de coleta de resíduos biológicos. De acordo com a Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia, a direção e uma funcionária da Maternidade Marlene Teixeira foram afastadas após a confusão sobre o paradeiro do corpo do bebê, que inicialmente tinha sido dado como incinerado.
O recém nascido nasceu de sete meses, na última quinta-feira, e viveu por apenas 12 horas, quando morreu ainda no hospital. O corpo foi condicionado de maneira errada, em uma geladeira, junto com placentas descartadas. Os dois não poderiam estar guardados no mesmo lugar.
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Corpo foi condicionado em uma geladeira, junto com placentas descartadas - Reprodução/TV Anhanguera
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A Secretaria de Saúde informou em nota, nesta segunda-feira, que a maternidade funcionava além da sua capacidade e confirmou que não guardou o corpo do recém-nascido no local adequado.
A Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia esclarece que na última quinta-feira, 24, com a Maternidade Marlene Teixeira funcionando acima da capacidade, todos os ambientes da unidade estavam ocupados por gestantes/parturientes, inclusive o ambiente originalmente destinado para guardar Rogério Cardoso de Almeida Filho. Assim, excepcionalmente, a equipe da Maternidade utilizou a refrigeração onde estão localizadas as placentas para guardar o corpo do recém-nascido, devidamente identificado, como todo o material ali localizado.
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Uma funcionária da maternidade informou que a empresa de resíduos teria recolhido o material biológico e encaminhado para tratamento. No entanto, o corpo de Rogério não teria sido incinerado, como a Secretaria de Saúde tinha informado num primeiro momento.
A Secretaria informa que já afastou a direção da Maternidade e a funcionária que atestou o recolhimento do material pela empresa e que implementou sindicância administrativa e estabeleceu um Grupo de Intervenção Hospitalar para fiscalização da Maternidade quanto ao cumprimento de todos os protocolos estabelecidos pela Secretaria. Agora, a pasta esclarece que aguarda as conclusões das investigações policiais e que irá aplicar todas as sanções cabíveis aos responsáveis.
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A empresa responsável pela coleta dos resíduos biológicos e a Secretaria divergem sobre a responsabilidade do caso. A advogada da empresa alega que o saco com o material descartado não é aberto quando chega para o tratamento.
O corpo do recém-nascido foi sepultado nesta segunda-feira, no Cemitério Jardim da Esperança, em Aparecida. A Polícia Civil investiga o caso e já ouviu funcionários da empresa que realiza a coleta de resíduos do hospital.
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