Eduardo Bolsonaro - Divulgação
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Por iG

Brasília - O deputado federal Eduardo Bolsonaro não fez pedido de desculpas por fala sobre um novo AI-5 nesta quarta-feira durante o início dos trabalhos da Comissão de Relações Exteriores e da Defesa Nacional. Ele preside a comissão e, ao ser questionado sobre o assunto pelo deputado Paulão (PT-AL), o filho do presidente propôs que eles tivessem um debate sobre 1964.

Ele sugeriu a volta do período mais repressivo da ditadura militar na semana passada em entrevista à jornalista Leda Nagle ao falar sobre uma "radicalização da esquerda". Ele deu a declaração quando a jornalista perguntou a ele sobre os protestos recentes no Chile.

A repercussão foi negativa na classe política como um todo e Eduardo Bolsonaro recebeu críticas tanto de partidos de esquerda quanto de direita. A própria cúpula do PSL e o pai dele, o presidente Jair Bolsonaro, lamentaram a fala dele. "Qualquer pessoa que pense na volta do AI-5 está sonhando", disse Bolsonaro na ocasião.

Durante a abertura da sessão nesta quarta, o deputado Paulão relembrou uma retratação que Eduardo fez em vídeo dizendo que foi mal interpretado, mas ressaltou que seria importante o presidente do colegiado se desculpar também neste ambiente. "Se vossa excelência faz autocrítica, que eu tive a oportunidade de ouvir, que faça também nesta Casa de forma pública", disse o petista.

Apesar do pedido, Eduardo disse que ele não precisaria pedir desculpas novamente. "Eu dei uma entrevista para a repórter Leda Nagle na internet e fiz uma retratação na internet. Vossa excelência está querendo que eu me retrate aqui na CREDN, que não foi o local onde eu fiz a minha fala", afirmou.

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