Presidente Jair Bolsonaro - Alan Santos / Presidência da República
Presidente Jair BolsonaroAlan Santos / Presidência da República
Por iG

O pronunciamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que disse aos militantes para "seguir o exemplo do povo do Chile e atacar” incomodou Jair Bolsonaro. O atual presidente afirmou que, caso Lula tente subverter a ordem constitucional, será enquadrado na Lei de Segurança Nacional (LSN) para voltar à prisão. 

"A Lei de Segurança Nacional está aí para ser usada. Alguns acham que os pronunciamentos, as falas desse elemento [Lula], que por ora está solto, infringem a lei. Agora, nós acionaremos a Justiça quando tivermos mais do que certeza de que ele está nesse discurso para atingir os seus objetivos", disse Bolsonaro em entrevista ao Antagonista. 

Bolsonaro analisou o cenário internacional e fez comparativos com a Argentina, alegando que "não houve nenhum badernaço, porque já era uma tendência a turma da Cristina voltar ao poder, como voltou". Por esse motivo, não seria admitida a reprodução dos protestos do Chile no Brasil para manter a estabilidade nacional. 

“Agora tem que se preparar porque, na América do Sul, o Brasil é a cereja do bolo. Se nós aqui entrarmos em convulsão, complica a situação”, complementou Bolsonaro

O filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), disse em entrevista que se no Brasil ocorrer o que acontece no Chile, é possível implantar um novo Ato Institucional de número 5, o  mais rígido em privação de autonomia e liberdade de expressão implementado durante a ditadura militar no país.

Uma série de políticos e instituições recriminaram a fala do deputado, incluindo o próprio Jair Bolsonaro. 'Quem quer que fale de AI-5 está sonhando', disse o presidente

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