Presidente da Câmara, Rodrigo Maia - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Presidente da Câmara, Rodrigo MaiaMarcelo Camargo/Agência Brasil
Por iG

São Paulo - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), demonstrou, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo nesta segunda-feira, ter intenções de se candidatar à Presidência nas eleições de 2022. O parlamentar também fez críticas ao discurso do ex-presidente Lula feito após deixar a prisão e afirmou que o DEM não apoiaria o PT caso o ex-presidente volte a ser candidato ao Planalto.

 “Em 2018, ninguém me queria como vice, hoje muitos me querem. Daqui a pouco vou dizer para todos que me querem como vice que me apoiem e eu sou o candidato”, disse Maia, explicando que pretende participar de um projeto para 2022.

Apesar de afirmar que está longe para planejar candidaturas e entender que seu nome não é majoritário “no brasil de hoje”, o deputado vê com confiança a melhora de seu nome nas pesquisas. Em um levantamento do Datafolha realizado no final de agosto, 25% dos entrevistados consideraram o desempenho do presidente da Câmara como ótimo ou bom. A aprovação é ainda maior, chegando a 35%, entre aqueles que apoiam o governo de Bolsonaro.

Maia está no comando da Câmara desde 2016 e ocupará o cargo até 2021, quando não poderá participar das eleições para presidir a casa outra vez, pois é proibido se reeleger no mesmo governo. Ele afirma não ter pretensão de alterar a lei que veta a reeleição do presidente da Câmara. “Essas coisas de você mudar a Constituição para se manter no poder é muito perigosa”, afirmou.

Na entrevista, Maia também criticou o discurso de Lula e afirmou que o líder petista foi muito raivoso, politizado eleitoralmente e ruim. “Ele é um ex-presidente da República, o presidente Bolsonaro não tem culpa pelos problemas que o Lula vive”.

Apesar de não acreditar que o Supremo Tribunal Federal tornaria Lula elegível, Maia pensa ser impossível uma união entre PT e DEM.

“Eu concordo em dialogar com todos que tenham convergência com a agenda que eu considero vital para o Brasil. Infelizmente, o PT não considera a agenda das reformas”, salientou Maia, levando em conta o resultado da votação da reforma da Previdência.

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