Nesta semana, agentes prenderam quatro funcionários da ONG Brigada de Alter do Chão e cumpriram mandados de busca e apreensão na sede do Projeto Saúde e Alegria.
No documento, a Procuradoria explica que existe um inquérito na Polícia Federal com o mesmo objeto ao do inquérito instaurado pela Polícia Civil: apurar incêndios florestais ocorridos em setembro na Área de Proteção Ambiental de Alter do Chão.
O órgão sinaliza que nas investigações federais ainda não se trabalha com suspeitos. A Polícia Federal está trabalhando em laudos técnicos para esclarecer de forma definitiva a origem dos incêndios.
No texto, o MPF sinaliza ainda que, até o momento, as investigações federais se concentram em esclarecer se a origem dos incêndios é a área localmente conhecida como Capadócia, "em grande parte sobreposta à Gleba Federal Arrecadada Mojuí dos Campos I e, uma porção menor, ao Projeto Agroextrativista do Eixo Forte (assentamento federal administrado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária)".
O entendimento da Procuradoria é o de que, se confirmado que as queimadas ocorreram em terras públicas federais, a atribuição para investigar não é da Polícia Civil.
Segundo o MPF, os ataques de grileiros sobre a área são investigados pelo órgão desde 2015 e já há dois processos judiciais sobre grilagem e danos ambientais na APA Alter do Chão tramitando na Justiça Federal de Santarém.