Secretário de Cultura, Roberto Alvim, copia trechos de Goebbels em vídeo no Twitter  - Reprodução
Secretário de Cultura, Roberto Alvim, copia trechos de Goebbels em vídeo no Twitter Reprodução
Por O Dia
Rio - Após a indignação gerada com o discurso do secretário de Cultura do Governo Federal, Roberto Alvim usou sua página no Facebook para se posicionar. Ele aparece em um vídeo publicado na noite de quinta-feira com estética nazista, reproduzindo trechos de um discurso do ministro da Propaganda de Hitler, Joseph Goebbels.
Alvim disse  na manhã desta sexta-feira que a reprodução do discurso foi uma coincidência, mas que "a frase em si é perfeita". O vídeo em questão é um anúncio do Prêmio Nacional das Artes, lançado horas antes em live com a participação do presidente Bolsonaro. Além dos trechos do pronunciamento, a estética e a trilha sonora escolhida também fez personalidades compararem a divulgação à propaganda nazista. A música de fundo, da ópera "Lohengrin", é uma obra que Hitler declarou ter sido decisiva em sua vida.
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A semelhança com o líder nazista provocou reações na internet. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que Alvim deveria ser afastado imediatamente do governo. O escritor e ideólogo bolsonarista Olavo de Carvalho disse que o secretário "pode não estar bem da cabeça".
Confira posicionamento completo:
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UM BREVE ESCLARECIMENTO SOBRE MEU DISCURSO:

o que a esquerda está fazendo é uma falácia de associação remota:
com uma coincidência retórica em UMA frase sobre nacionalismo em arte, estão tentando desacreditar todo o PRÊMIO NACIONAL DAS ARTES, que vai redefinir a Cultura brasileira...
é típico dessa corja.
repito: foi apenas uma frase do meu discurso na qual havia uma coincidência retórica.
eu não citei ninguém.
e o trecho fala de uma arte heróica e profundamente vinculada às aspirações do povo brasileiro.
não há nada de errado com a frase.
todo o discurso foi baseado num ideal nacionalista para a Arte brasileira, e houve uma coincidência com UMA frase de um discurso de Goebbles...
não o citei e JAMAIS o faria.
foi, como eu disse, uma coincidência retórica.
mas a frase em si é perfeita:
heroísmo e aspirações do povo
é o que queremos ver
na Arte nacional.