Alexandre Kalil durante ação da Defesa Civil em Belo Horizonte
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Alexandre Kalil durante ação da Defesa Civil em Belo Horizonte Divulgação
Por O Dia
Na quarta-feira, 15 se janeiro, Belo Horizonte sofreu a primeira grande chuva da temporada. Ruas alagadas, casas destruídas, bairros ilhados. Onde estava Alexandre Kalil, prefeito da cidade mineira? Reunido com seu gabinete de crise, para pensar soluções para a população? Ledo engano. Kalil estava em um cassino, na Argentina. Segundo fontes da capital mineira, o local é destino frequente do ex-dirigente de futebol, até mesmo em dias de trabalho. O resultado? Até o momento 54 pessoas morreram.

Kalil não estava de férias e não passou o cargo ao vice-prefeito, Paulo Lamac. O prefeito estava de folga, dada por ele mesmo, e voltaria a Belo Horizonte apenas para assistir a segunda chuva que destruiria a cidade, no domingo seguinte.

Na hora de pensar a cidade para a chuva, o prefeito estava jogando. Jogou com o destino. E perdeu. A cidade perdeu.

Segundo matéria da revista Veja, o prefeito de Belo Horizonte guardou em caixa R$ 1 bilhão para obras, A serem gastos justamente no ano da eleição. Outra aposta arriscada.  Uma tática antiga na política. Deixar a melhor impressão no último momento. Mas a impressão que se vê na cidade mineira é exatamente oposta. Belo Horizonte vive o caos, que chegou com as chuvas ontem na Zona Sul, área nobre da cidade.

Quando as águas destruíram a cidade pela primeira vez, o prefeito disse que era uma chuva que caía "a cada mil anos". Não foram preciso mais mil anos. Poucos dias depois, a cidade estava alagada novamente. De quem era a culpa? Segundo o prefeito, "do céu". Kalil declarou apenas que Belo Horizonte sofreu um "furacão ou um terremoto".

Há exatamente um ano, Belo Horizonte já tinha sofrido com as chuvas. Uma mãe e uma filha morreram numa avenida da Zona Norte. Na ocasião, o prefeito disse que a culpa era dele. Prometeu obras para a semana seguinte, nada foi feito e novas vidas se perderam. 
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Vídeos que rodam na internet mostram a rua da casa do prefeito destruída. Talvez, agora, ele veja a gravidade e gaste o dinheiro que se orgulhava de ter guardado para o ano da eleição