VALE ESTEARTE O DIA
Por Letícia Moura*
Publicado 24/01/2020 00:00 | Atualizado 24/01/2020 15:20
Especialistas alertam para risco de disseminação do coronavírus no Carnaval brasileiro, tendo em vista que não é possível saber se os turistas que estarão na cidade podem ter vindo de áreas infectadas. Na China, sopas exóticas preparadas com morcegos e a carne de cobra estão sob suspeita de serem a causa da contaminação pelo vírus. Ontem, no entanto, o Ministério da Saúde descartou os cincos casos suspeitos de coronavírus no Brasil.

O vírus é transmitido de pessoa para pessoa, através de partículas infectadas na tosse e espirro, por exemplo. O biomédico e professor do centro universitário IBMR, Raphael Rangel, atenta para o Carnaval, época em que o país e o Rio recebem muitos turistas estrangeiros. "É importante ficar de olho por causa do Carnaval, que pode ser um grande difusor do coronavírus pela grande aglomeração de pessoas", adverte.

O Brasil ainda não implementou medidas profilácticas nos aeroportos para analisar turistas que podem desembarcar com sintomas do vírus. Já os brasileiros com viagem marcada para países com suspeitas de contaminação, podem adotar as dicas da infografia ao lado. Segundo biomédico Raphael, é recomendável que higienizem bem as mãos e fiquem atentos as medidas profilácticas adotadas por cada local. "A higienização é muito importante, lave bem as mãos, use álcool em gel e evite lugares fechados, como metrôs e trens. Se algum caso for confirmado, o uso de máscara é essencial", indica.
OMS: "É cedo para emergência"
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Região isolada e festa cancelada
A região de Wuhan, considerada o epicentro da epidemia, está isolada em quarentena para não propagar o surto para outros locais. Os moradores foram orientados a não sair de suas residências.

A prefeitura de Pequim cancelou o Ano Novo chinês, maior festa do país, que começaria amanhã e aconteceria durante uma semana. A medida foi tomada como proteção, já que o feriado e as celebrações atraem, além da população chinesa, muitos visitantes de vários países. A Cidade Proibida também foi interditada para turistas, com intuito de evitar o contágio. Na China, o novo vírus da família corona, conhecido como 2019-nCoV, já matou 18 e infectou mais de 600 pessoas.

Os primeiros casos da doença, do sistema respiratório, foram registrados no final de dezembro do ano passado. Os sintomas incluem dificuldade para respirar, febre alta, tosse e lesões pulmonares.
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*Estagiária sob supervisão de Max Leone