Senador Cid Gomes (PDT) foi baleado em Sobral - Reprodução
Senador Cid Gomes (PDT) foi baleado em SobralReprodução
Por O Dia
Ceará - O senador Cid Gomes (PDT) foi baleado por uma arma de fogo ao tentar impedir um protesto de agentes de segurança em Sobral, no Ceará. Inicialmente, acreditou-se que o disparo teria sido feito por arma de borracha, mas a assessoria do parlamentar informou, através de suas redes sociais, que o disparo foi feito por arma de fogo. 
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De acordo com a publicação, o senador passa por estabilização no Hospital do Coração de Sobral e será transferido para a Santa Casa de Misericórdia de Sobral. Não há maiores informações sobre seu estado de saúde.
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Seu irmão, o ex-candidato à presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, confirmou os disparos. De acordo com o ex-ministro, as balas não atingiram órgãos vitais e Cid não corre risco de vida.
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Desde o final do ano passado, policiais militares do Ceará reivindicam um aumento salarial de 35%. O governador do Estado, Camilo Santana (PT), já havia acordado um aumento de 4,8%, de forma fracionada, mas o anúncio não agradou a categoria, que segue realizando atos e protestos. Por lei, policiais militares são proibidos de fazer greve.
Governador pede ajuda
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Camilo Santana anunciou, nesta quarta-feira, ter solicitado ao governo Jair Bolsonaro o apoio de tropas para reforçar a segurança no Estado, após quatro batalhões da Polícia Militar serem atacados. Os ataques foram feitos por pessoas encapuzadas, mas há suspeita de que os responsáveis sejam policiais.

Segundo Santana, as ações foram feitas por homens mascarados que seriam "alguns policiais" e "mulheres que se apresentam como esposas de militares. O secretário de Segurança Pública do Ceará, André Costa, informou que três policiais militares foram presos em flagrante por estarem furando pneus de viaturas em Fortaleza, enquanto um oficial foi conduzido à delegacia em Juazeiro do Norte por estar com um capuz no bolso e armado.

Outros 261 policiais estão sendo investigados por suspeita de participação nas ações. "Temos, sim, grupos dentro da Polícia Militar que têm praticado crimes militares e atos de vandalismo. Com essas pessoas, o Estado vai agir com todo o rigor que a lei prevê. Não toleraremos nenhuma dessas condutas e vão responder por motins, por revolta, insubordinação. Eles serão retirados da folha salarial da polícia militar e não receberão salário daqui em diante", disse o secretário.

Os ataques teriam ocorrido por falta de um acordo entre o governo do Estado e os policiais e bombeiros sobre o reajuste salarial. De acordo com o representante das categorias da segurança pública na Assembleia Legislativa do Ceará, o deputado Soldado Noelio (PROS), muitos policiais se manifestam com o rosto coberto. "Não temos como afirmar quem é o responsável por essas ações de vandalismo. Eles estão cobrindo os rostos, temendo punições por parte do governo", completa. Os policiais também optaram por não se pronunciar sobre os movimentos de paralisação.

Na Assembleia Legislativa, uma CPI foi protocolada para avaliar supostas irregularidades cometidas pelas associações que representam os agentes da segurança pública do Ceará e que ocasionaram essas paralisações. De acordo com o Ministério Público, 12 entidades serão investigadas. Nos últimos seis anos, elas receberam R$ 126,7 milhões de reais, mas apenas R$ 65 milhões foram movimentados.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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