Publicado 14/02/2020 16:23 | Atualizado 14/02/2020 16:25
Rio - Uma equipe de reportagem da revista Veja foi detida pela Polícia Militar da Bahia na manhã desta sexta-feira enquanto tentava fazer uma entrevista. A prisão acontece no mesmo dia em que a revista publicou uma reportagem apontando que o miliciano Adriano Magalhães do Nóbrega, morto em uma ação policial para capturá-lo na Bahia, levou tiros à queima-roupa e apresenta sinais de tortura.
Segundo reportagem publicada no site da revista, o repórter Hugo Marques e o repórter fotográfico Cristiano Mariz foram detidos enquanto tentavam localizar o fazendeiro Leandro Abreu Guimarães, testemunha-chave das circunstâncias da morte do ex-capitão Adriano da Nóbrega.
Os jornalistas tentavam entrevistar o fazendeiro, quando foram cercados por duas viaturas da Polícia Militar da Bahia. Os dois se identificaram como jornalistas. "Ainda assim, os policiais, de armas em punho, determinaram que os dois saíssem do carro, levantassem as mãos, abrissem as pernas para serem revistados. 'Como é que vocês descobriram esse endereço?”, indagou várias vezes um dos policiais, segundo a revista.
Um gravador foi apreendido com material de entrevista sobre a operação que matou Adriano da Nóbrega. Levados a delegacia, eles foram interrogados sobre o motivo de estarem na cidade. Leandro Abreu é o fazendeiro que deu abrigo ao ex-capitão no município de Esplanada, antes que o miliciano fugisse para o sítio do vereador do PSL Gilsinho da Dedé, onde morreu.
O gravador foi devolvido na delegacia e os jornalistas liberados após 20 minutos.
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