O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno - Antonio Cruz / Agência Brasil
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto HelenoAntonio Cruz / Agência Brasil
Por O Dia
O general Augusto Heleno, ministro Gabinete de Segurança Institucional (GSI) testou positivo para o coronavírus. Braço-direito do presidente Bolsonaro, o ministro tem 72 anos e já havia realizado o teste e refez o exame na terça-feira. Heleno participou da comitiva do governo que viajou para Miami, nos Estados Unidos.
Se a contraprova se confirmar, o número de integrantes da comitiva diagnosticadas com a doença subirá para 17. O primeiro deles foi o secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten. 
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Presidente Jair Bolsonaro, general Augusto Heleno e prefeito do Rio Marcelo Crivella, durante evento religioso no Rio Carolina Antunes / Presidência da República
General Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Divulgação/TV Brasil
O general Augusto Heleno prestou esclarecimentos em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados pablo valadares
General Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Ministros Augusto Heleno, Sergio Moro e o presidente Jair Bolsonaro Marcos Corrêa/PR
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno Antonio Cruz / Agência Brasil
Bolsonaro entre os generais Rêgo Barros e Augusto Heleno Reprodução/Facebook
Bolsonaro e general Augusto Heleno Antonio Cruz/Agência Brasil
General Augusto Heleno, participa da solenidade comemorativa aos 80 anos do GSI, realizada no Palácio do Planalto Antonio Cruz/ Agência Brasil
Augusto Heleno disse que o Congresso Nacional faz "chantagem" com o governo Arquivo-Agência Brasil
General Augusto Heleno: ex-chefe da missão brasileira no Haiti Reprodução / Wikipedia
O ministro usou sua conta no Twitter para confirmar o contágio. " Informo que o resultado do meu segundo exame, realizado no HFA (Hospital das Forças Armadas), acusou positivo. Aguardo a contraprova da FioCruz. Estou sem febre e não apresento qualquer dos sintomas relacionados ao COVID-19. Estou isolado, em casa, e não atenderei telefonemas", escreveu.
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Heleno faz parte do grupo de risco da doença por causa da idade. A taxa de letalidade do vírus é considerada baixa (entre 2% e 3%, segundo a OMS), mas o número sobe para 8% em pacientes de 70 a 79 anos e chega a 15% em maiores de 80 anos, conforme estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China.
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O presidente Jair Bolsonaro também realizou um segundo exame para o novo coronavírus na terça-feira. Durante a noite, ele afirmou que o teste deu negativo.
Mesmo com o resultado negativo do primeiro exame, a recomendação médica era para que os integrantes da comitiva ficassem em quarentena por mais sete dias até a realização do novo exame.

O próprio Bolsonaro, no entanto, ignorou a orientação e cumpriu agendas diárias desde sexta-feira. No domingo, chegou a participar de manifestações de rua a favor do governo e contra o Congresso. Na ocasião, segundo levantamento do jornal O Estado de S. Paulo, teve algum tipo de contato com 272 pessoas.

O contato com uma pessoa infectada é uma das formas de transmissão do coronavírus. O presidente foi criticado por infectologistas e até por aliados por expor os manifestantes ao risco de contaminação pela covid-19 (caso esteja com o vírus incubado).

Heleno também não ficou em isolamento total e despachou em seu gabinete no Palácio do Planalto mesmo após a confirmação de que teve contato com alguém infectado.

Relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) com base em dados de pacientes chineses apontou mortalidade de quase 22%.

O ministro Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, e o almirante Flávio Rocha, secretário especial de Assuntos Estratégicos, também fizeram novos exames.

Já o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, fez os exames pela primeira vez na terça-feira. Ramos não estava na comitiva, mas teve contato com duas pessoas confirmados com a covid-19, o deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP) e o secretário adjunto de Comunicação, Samy Liberman.