Diagnóstico laboratorial de casos suspeitos do novo coronavírus (2019-nCoV), realizado pelo Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que atua como Centro de Referência Nacional em Vírus Respiratórios para o Ministério da Saúde - Divulgação/Josué Damacena (IOC/Fiocruz)
Diagnóstico laboratorial de casos suspeitos do novo coronavírus (2019-nCoV), realizado pelo Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que atua como Centro de Referência Nacional em Vírus Respiratórios para o Ministério da SaúdeDivulgação/Josué Damacena (IOC/Fiocruz)
Por ESTADÃO CONTEÚDO
O Ministério da Saúde anunciou que prepara um pacote de medidas para que sejam realizados 22,9 milhões de testes de coronavírus no País, nas próximas semanas. Desse total, 14,9 milhões de testes são aqueles em que há coleta de material no nariz e na faringe da pessoa, com uso de um cotonete.

Esse teste demora alguns dias para ter obtido seu resultado, mas é o mais seguro, conforme o protocolo estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, afirmou em coletiva de imprensa que, até o dia 30 de março, a Fiocruz vai ceder 2 milhões de testes desse tipo. Mais um 1 milhão seriam cedidos pela fundação nos próximos três meses. A Petrobrás vai ceder outros 600 mil testes até 30 de março.

Em abril, há previsão de que mais 1,3 milhão de outros testes sejam realizados. Paralelamente, o governo federal negocia a compra de mais 10 milhões de testes, que está em andamento. "Possivelmente o Brasil vai ser um dos que vai registrar o maior número de casos, porque nós vamos testar muita gente", disse Wanderson Kleber de Oliveira.

Um segundo tipo de teste rápido - que é um exame de gotinha e tem limitações, sendo mais usado em triagem para emergência - também será intensificado. Até o dia 30 de abril, a Fiocruz deve conceder 3 milhões de estes desse tipo. A mineradora Vale também deve doar outros 5 milhões de testes, somando 8 milhões de testes rápidos.

Serão realizados, portanto, 2 milhões de testes mais complexos e 3 milhões de testes rápidos até 30 de abril. No momento atual, segundo o governo, a aplicação dos testes vai ser intensificada em profissionais de saúde e de segurança, além da verificação dos casos graves e óbitos. A ideia é utilizar a estratégia para cidades com mais de 500 mil habitantes e pode ser uma ferramenta para conter surtos.

Segundo estimativas do governo, de cada 100 pessoas com coronavírus, apenas 14% têm sido confirmadas até o momento. O Brasil registra um total de 46 óbitos no território nacional e 2 201 registros positivos de coronavírus.