Publicado 22/03/2020 17:42 | Atualizado 22/03/2020 19:21
Brasília - O Ministério da Saúde atualizou na tarde deste domingo os números da pandemia do coronavírus no Brasil. São 25 mortes: 22 em São Paulo e três no Rio de Janeiro. O aumento é de sete óbitos em comparação com o boletim da pasta divulgado no sábado. Os casos confirmados são 1.546, um aumento de 37%, ou 418 casos a mais, em relação ao balanço de sábado.
As sete mortes confirmadas nas últimas 24 horas ocorreram em São Paulo, estado com maior número de casos, com 631. Até sábado eram 459, um crescimento de 39%.
De acordo com o Ministério da Saúde, todos os Estados do País já têm casos confirmados - até sábado, Roraima não tinha casos, e agora registra dois. No Norte, são 49 casos, 3,2% do total. No Nordeste, 231 casos, 14,9% do total. No Centro-Oeste, 161 casos, 10,4% do total. No Sul, 179 casos, 11,6% do total. O Sudeste concentra o maior número de casos, 926 ao todo, com 59,9%, e todas as mortes, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Testes rápidos
Durante a coletiva, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que os mais de 5 milhões de testes rápidos encomendados pelo governo para os próximos oito dias virão de uma fabricante chinesa e apresentam sensibilidade de 86,43% e especificidade de 99,5%. A expectativa é que a pasta trabalhe com uma escala de 30 a 50 mil exames por dia.
De acordo com Mandetta, a maioria dos pacientes deve apresentar sintomas leves. "Depois, uma minoria irá necessitar de internação hospitalar. Se isso acontecesse distribuído no ano, não teríamos problema nenhum. Seria mais um resfriado, uma gripe forte, uma pneumonia. Mas como ninguém tem imunidade, vai acontecer de maneira bruta e levar muita gente ao SUS. É como ter uma geladeira em casa e todo o quarteirão precisar guardar algo nela", disse o ministro.
De acordo com Mandetta, a maioria dos pacientes deve apresentar sintomas leves. "Depois, uma minoria irá necessitar de internação hospitalar. Se isso acontecesse distribuído no ano, não teríamos problema nenhum. Seria mais um resfriado, uma gripe forte, uma pneumonia. Mas como ninguém tem imunidade, vai acontecer de maneira bruta e levar muita gente ao SUS. É como ter uma geladeira em casa e todo o quarteirão precisar guardar algo nela", disse o ministro.
Vacina contra gripe e prevenção da dengue
O ministro também relembrou que a campanha de vacinação contra a gripe começa no país nesta segunda-feira com foco em profissionais de saúde e pessoas acima de 60 anos, como forma de evitar casos graves no futuro. A vacina não protege contra o novo coronavírus. Ela é importante para não sobrecarregar o sistema de saúde com influenza e outras viroses respiratórias que virão com o fim do verão. O secretário de Vigilância, Wanderson Oliveira, também alertou para a prevenção contra a dengue. "Você não tendo dengue, já sai lá na frente", acrescentou Mandetta.
Cloroquina
Sobre o uso da cloroquina, o ministro afirma que ainda não sabe se ela é eficiente contra a doença. "Já tínhamos pesquisas acontecendo, mas em número reduzido", disse. De acordo com Mandetta, o Brasil tem "condição total" de produzir esse medicamento em grande escala, em instituições como Fiocruz e Hospital do Exército, podendo até distribuir para outros países.
Mas Mandetta ponderou que a medicação tem "possíveis efeitos colaterais intensos que podem ser muito mais graves e danosos do que uma gripe que quase metade da população não vai pegar."
Como o coronavírus está distribuído pelo Brasil (casos confirmados e mortes)
REGIÃO NORTE: 49 casos - 3.2% do total
Acre: 11
Amazonas: 26
Amapá: 1
Pará: 4
Rondônia: 3
Roraima: 2
Tocantins: 2
NORDESTE: 231 casos - 14.9%
Alagoas: 7
Bahia: 49
Ceará: 112
Maranhão: 12
Paraíba: 1
Pernambuco: 37
Rio Grande do Norte: 9
Sergipe: 10
SUDESTE: 916 - 59.9%
Espírito Santo: 26
Minas Gerais: 83
Rio de Janeiro: 186 - 3 óbitos
São Paulo: 631 - 22 óbitos
CENTRO-OESTE: 161 casos - 10.4%
Distrito Federal: 117
Goiás: 21
Mato Grosso do Sul: 21
Mato Grosso: 2
SUL: 169 - 11.6 %
Paraná: 50
Santa Catarina: 57
Rio Grande do Sul: 72
Cloroquina
Sobre o uso da cloroquina, o ministro afirma que ainda não sabe se ela é eficiente contra a doença. "Já tínhamos pesquisas acontecendo, mas em número reduzido", disse. De acordo com Mandetta, o Brasil tem "condição total" de produzir esse medicamento em grande escala, em instituições como Fiocruz e Hospital do Exército, podendo até distribuir para outros países.
Mas Mandetta ponderou que a medicação tem "possíveis efeitos colaterais intensos que podem ser muito mais graves e danosos do que uma gripe que quase metade da população não vai pegar."
Como o coronavírus está distribuído pelo Brasil (casos confirmados e mortes)
REGIÃO NORTE: 49 casos - 3.2% do total
Acre: 11
Amazonas: 26
Amapá: 1
Pará: 4
Rondônia: 3
Roraima: 2
Tocantins: 2
NORDESTE: 231 casos - 14.9%
Alagoas: 7
Bahia: 49
Ceará: 112
Maranhão: 12
Paraíba: 1
Pernambuco: 37
Rio Grande do Norte: 9
Sergipe: 10
SUDESTE: 916 - 59.9%
Espírito Santo: 26
Minas Gerais: 83
Rio de Janeiro: 186 - 3 óbitos
São Paulo: 631 - 22 óbitos
CENTRO-OESTE: 161 casos - 10.4%
Distrito Federal: 117
Goiás: 21
Mato Grosso do Sul: 21
Mato Grosso: 2
SUL: 169 - 11.6 %
Paraná: 50
Santa Catarina: 57
Rio Grande do Sul: 72
Casos de coronavírus na cidade do Rio sobem para 186; aumento de 67 em um dia
O Centro de Operações Rio (COR) atualizou neste domingo o Painel Rio Covid-19, informando que subiram para 186 os casos confirmados na cidade do Rio, um aumento de 67 casos em um dia. Ontem, a cidade tinha 103 casos confirmados. O número de bairros afetados pelo vírus subiu de 29 para 33 na mesma comparação.
A Barra da Tijuca, na Zona Oeste, continua liderando o número de confirmações, subindo de 18 para 29 desde ontem (21/3). No Leblon, os registros de casos confirmados subiram de 16 para 23, e Ipanema, de 10 para 21. A Lagoa, que tinha três casos, dobrou para 6, confirmando uma maior incidência na zona sul da cidade.
Até o momento, a única favela a registrar um caso confirmado foi a Cidade de Deus, na zona oeste.
A Barra da Tijuca, na Zona Oeste, continua liderando o número de confirmações, subindo de 18 para 29 desde ontem (21/3). No Leblon, os registros de casos confirmados subiram de 16 para 23, e Ipanema, de 10 para 21. A Lagoa, que tinha três casos, dobrou para 6, confirmando uma maior incidência na zona sul da cidade.
Até o momento, a única favela a registrar um caso confirmado foi a Cidade de Deus, na zona oeste.
*Com Estadão Conteúdo
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