Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como 'Fuminho', "constava da lista de procurados divulgada pelo Ministério da Justiça e estava foragido há mais de 20 anos", detalhou a Polícia Federal (PF).
"O preso era considerado o maior fornecedor de cocaína a uma facção com atuação em todo o Brasil, além de ser responsável pelo envio de toneladas da droga para diversos países do mundo", acrescentou a PF em um comunicado.
Além das polícias de Brasil e Moçambique, participaram da ação o ministério das Relações Exteriores do Brasil, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a Agência para o Controle de Drogas americana (DEA, na sigla em inglês).
O documento não especifica o nome da facção a que 'Fuminho' estaria vinculado, mas a assessoria de comunicação do Ministério da Justiça informou que o traficante é considerado um dos líderes do PCC.
Surgido nos anos 1990 nos presídios de São Paulo, o PCC é, segundo especialistas, uma das maiores e a mais estruturada facção criminosa do Brasil.
Nos últimos anos, destacou-se seu fortalecimento em vários estados brasileiros, na tentativa de controlar a rota da cocaína procedente de Colômbia, Peru e Bolívia, os maiores produtores do entorpecente.
O líder do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, cumpre pena de mais de 200 anos de reclusão em um presídio de Brasília, sob estrito dispositivo de segurança.
Segundo o documento da PF desta segunda-feira, 'Fuminho' estaria financiando um plano de resgate de Marcola.