Através do Twitter, a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) defendeu a atitude do presidente da República, Jair Bolsonaro, de minimizar a gravidade da pandemia do coronavírus, atacou a imprensa e concluiu: "O trabalho, a união e a verdade libertarão o Brasil". "O trabalho liberta" era um lema oficial do governo Hitler, na Alemanha nazista.
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Alguns usuários da rede social atentaram ainda para o fato de Bolsonaro estar usando um órgão de comunicação oficial do governo para alimentar a sua narrativa sobre o coronavírus, que contraria um consenso científico - outra prática da propaganda nazista -, e também para se referir a si próprio como "chefe", e não como "presidente". Em alemão, "chefe" pode ser traduzido como "führer" - o modo como Hitler era conhecido.
Ministério da Verdade parafraseia slogan nazista e tentar burlar legislação trocando o nome do presidente por “chefe”, para atacar a imprensa. No mais, o governo deve proteger vidas por determinação da Constituição, não do mandatário. pic.twitter.com/8NS7WtIJNr
Após o episódio, a Secom - assim como Roberto Alvim havia feito - negou qualquer associação com o nazismo: "Repudiamos veementemente qualquer associação desta postagem com quaisquer ideologias totalitárias e genocidas. O Estado Brasileiro sempre foi um grande parceiro da comunidade judaica, bem como do Estado de Israel, como provam os fatos, para além das ilações forçadas e maldosas", afirmou.
Repudiamos veementemente qualquer associação desta postagem com quaisquer ideologias totalitárias e genocidas. O Estado Brasileiro sempre foi um grande parceiro da comunidade judaica, bem como do Estado de Israel, como provam os fatos, para além das ilações forçadas e maldosas.