Onyx Lorenzoni - Marcelo Camargo / Agência Brasil
Onyx LorenzoniMarcelo Camargo / Agência Brasil
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Brasília - O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, defendeu a posição do presidente da República, Jair Bolsonaro, de se preocupar com o impacto econômico das medidas de isolamento social como forma de combate ao avanço do novo coronavírus. Segundo o ministro, "fome e miséria matam historicamente mais que qualquer epidemia"

O Brasil já registrou 13.993 mortos pela covid-19, segundo a contabilidade oficial mais recente do Ministério da Saúde.

Bolsonaro tem escalado empresários e ministros para pedir a abertura dos estabelecimentos comerciais alegando que a economia está "no limite".

"O presidente vem sendo agredido porque ousou preocupar-se com todos. Parece que só poderia se olhar em uma direção", disse Onyx na abertura de uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto sobre o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 a informais.

O governo prevê pagar mais de R$ 120 bilhões ao longo de três meses como forma de ajuda às famílias que precisaram justamente parar de trabalhar durante o período mais crítico da pandemia da covid-19.

Segundo o ministro da Cidadania, o presidente deu à área da saúde condições para que o SUS se fortalecesse, além de ter dado apoio a governadores e prefeitos. "Por outro lado, o presidente foi a primeira voz a dizer que é preciso se preocupar com Brasil como um todo", disse Onyx. "Fome e miséria matam historicamente mais que qualquer epidemia", acrescentou.

O ministro da Cidadania afirmou ainda que é uma questão de "justiça" pedir honestidade intelectual no debate sobre os impactos econômicos da pandemia. Ao defender a abertura, o ministro argumentou que o Brasil, segundo ele, é um dos países com menor número de óbitos por milhão de habitantes.

"Entendemos a necessidade de todos", disse Onyx. "Não faltou dedicação para o auxílio chegar a 59 milhões de brasileiros."