
Os números são desoladores: as secretarias estaduais de Saúde confirmam 229.204 casos do novo coronavírus, com 15.368 mortes no Brasil. Enquanto muitos brasileiros morrem pela covid-19, e contrariando a Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenda isolamento social para conter que o vírus se espalhe, o presidente Jair Bolsonaro atacou novamente as regras de isolamento total adotadas em alguns estados no Twitter.
"O desemprego, a fome e a miséria será o futuro daqueles que apoiam a tirania do isolamento total", escreveu Bolsonaro.
Na postagem, o presidente reproduz um vídeo do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, detalhando o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600. É importante destacar que milhares de pessoas desempregadas, MEIs, informais, que têm direito ao auxílio, não receberam nem a primeira parcela.
No dia em que Nelson Teich pediu demissão, menos de um mês após tomar posse, o Ministério da Saúde informou que foram registradas 824 mortes e 15.305 novos casos por covid-19 em 24 horas.
Foi um recorde diário de ocorrências, superando os 13.944 casos relatados na quinta-feira. No período de 29 dias da gestão Teich, foram mais 12.884 óbitos pelo coronavírus, um avanço de 666%.
São Paulo supera a China
O Estado de São Paulo teve 187 mortes pelo novo coronavírus durante as últimas 24 horas, elevando o total de óbitos pela doença para 4.688. Com o novo balanço divulgado pela Secretaria de Saúde ontem, o estado já ultrapassa o número de vítimas fatais registradas na China (4.637), primeiro país em que a covid-19 foi detectada.