Governador de São Paulo, João Doria anunciou volta de alguns serviços a partir do dia 1° de junho - Leco Viana/Parceiro/Agência O Dia
Governador de São Paulo, João Doria anunciou volta de alguns serviços a partir do dia 1° de junhoLeco Viana/Parceiro/Agência O Dia
Por O Dia

São Paulo - Epicentro da pandemia no Brasil, São Paulo chegou ontem ao total de 63.066 casos registrados e 4.823 mortes. Segundo o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus no estado, Dimas Tadeu Covas, a capital já está preparada para o eventual lockdown, já que o contágio está evoluindo numa velocidade muito grande, mas aguarda a decisão do governador João Doria (PSDB) para decretar restrições mais drásticas de isolamento.

Em entrevista ontem no Palácio dos Bandeirantes, Doria disse que já trabalha com o protocolo de lockdown, mas ressaltou que sua adoção não deve ser imediata tanto na capital quanto na região metropolitana.

"Estamos tentando todas as alternativas possíveis para viabilizar o achatamento desta curva, atender às recomendações da área da Saúde e proteger vidas", contou o governador, que ainda espera atingir a meta de 55% de isolamento das pessoas.

Dimas Tadeu, que é diretor do Instituto Butantã, reforçou que as medidas de isolamento em vigor na cidade não têm mais funcionado para conter o avanço da epidemia.

"O lockdown, o tranca rua, é uma possibilidade. É sem dúvida nenhuma uma solução amarga, mas é uma forma efetiva de se controlar a epidemia e também de sair mais rápido dela", afirmou Dimas.

Pesquisadores alertam para o aumento das mortes por covid-19 no estado nos últimos 15 dias e admitem a possibilidade de um pico contínuo de óbitos. Nesse cenário, o número de novos casos por dia se mantém alto por várias semanas seguidas, e a capacidade da rede hospitalar pode entrar em colapso.

 

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