Jair Bolsonaro - Isac Nóbrega/PR
Jair BolsonaroIsac Nóbrega/PR
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Brasília - O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar, de forma velada, a atuação de governadores dos Estados. Na manhã desta quinta-feira, Bolsonaro reprovou a postura de "autoridades estaduais" em fala dirigida a apoiadores na frente do Palácio da Alvorada. Nesta quinta-feira, o presidente participa de uma videoconferência com governadores e ministros.

Na conversa com populares na saída da residência oficial, Bolsonaro ouviu reclamações de um apoiador sobre um suposto recolhimento de bandeiras do Brasil de automóveis durante uma carreata pró-governo em Fortaleza. Em resposta ao apoiador o presidente disse: "imaginem uma pessoa do nível dessas autoridades estaduais na Presidência da República, o que teria acontecido com o Brasil já. Esse é o recado. Então vocês vão ter que sentir um pouco mais na pele quem são essas pessoas para, juntos, a gente mudar o Brasil. Mudar, à luz da Constituição, da lei, da ordem".

Logo mais, às 10h, o presidente participa de reunião virtual com governadores estaduais. Em pauta, a sanção do projeto de socorro aos Estados e municípios e o veto ao trecho sobre o reajuste salarial para servidores públicos até 2021.

O encontro marca uma tentativa de reaproximação do presidente com os chefes estaduais. Bolsonaro tem criticado as medidas de fechamento de estabelecimentos comerciais e distanciamento social adotadas pelos governadores no combate à covid-19. Segundo apurou a Coluna do Estadão, contudo, a polêmica sobre o isolamento social deve ser deixada de lado na reunião.

O presidente quer buscar um acordo com os governadores sobre o veto à possibilidade de reajuste dos salários dos servidores até 2021. O prazo para Bolsonaro sancionar o projeto de socorro aos Estados acaba no dia 27.

Além dos chefes estaduais, devem participar do encontro virtual os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e os ministros: Paulo Guedes (Economia), Fernando Azevedo (Defesa), Braga Netto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Jorge Oliveira (Secretaria-Geral).