Movimentação de pessoas em Copacabana  - Daniel Castelo Branco
Movimentação de pessoas em Copacabana Daniel Castelo Branco
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Brasília - O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira, o perfil detalhado dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocados pelo novo coronavírus em crianças, adolescentes e gestantes. A maior parte evoluiu para a cura.

Os dados são referentes ao período de 16 de fevereiro a 23 de maio, época em que houve o total de 52,3 mil internações por SRAG causada pela covid-19 no país.

Das 916 crianças e adolescentes com a síndrome, 10,8% morreram. Crianças de zero até 12 anos incompletos representam 72,3% (662) dos casos diagnosticados e, destas, 62 morreram. Já adolescentes de 12 anos até 18 anos somam 27,7% (254) dos registros e contam 37 óbitos.

Todos os estados tiveram caso de SRAG entre pessoas de zero a 18 anos, mas os registros mais altos foram em São Paulo com 40,7% (373), Rio de Janeiro com 11,5% (105) e Pernambuco com 10,8% (99). Juntos, esses Estados representam 63% dos casos de todo País.

No que diz respeito a condições pré-existentes nas crianças e adolescentes que tiveram a síndrome respiratória pela covid, 400 (43,7%) casos apresentaram alguma comorbidade. As mais frequentes nas crianças foram as neurológicas (17,8%), e asma (21,5%) nos adolescentes.

Raça e sexo

A incidência da doença foi mais frequente entre crianças e adolescentes que se declaram pardos. Foram 245 (52,1%) entre as crianças e 98 (55%) nos adolescentes.

No grupo das crianças, a maior frequência de casos de SRAG ocorreu entre os meninos, com 55,9% (370) casos. Já no grupo dos adolescentes, o sexo feminino foi o mais frequente, com 55,9% (142) casos.

Gestantes

O Ministério da Saúde também divulgou dados referentes às gestantes que tiveram a SRAG. Do total de 484 grávidas com a síndrome causada pela covid-19, 7,4% (36) morreram.

As mortes se concentraram nas gestantes que tinham entre 30 e 39 anos de idade; foram 18 óbitos. E a menor incidência foi nas adolescentes de 12 a 19 anos, com uma morte.

A maior parte das mortes aconteceu no terceiro trimestre da gestação, com 22 casos.

O secretário substituto de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, também apresentou os dados de hospitalização por síndrome respiratória aguda grave no Brasil. Dados atualizados às 10h desta sexta-feira mostram que, neste ano, houve 192,8 mil internações, das quais 65,7 mil foram por covid-19.

Do total de hospitalizações, 41,6 mil evoluíram para óbito, dos quais 22,5 mil foram por causa do novo coronavírus. Nos últimos três dias, 202 pessoas morreram devido à covid-19, e o dia com maior número de registros de mortes pela doença foi 5 de maio, com 608 óbitos em um único dia.