Rio - O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, equiparou Jair Bolsonaro com o PT, além de denunciar "arroubos autoritários" do presidente e afirmar estar "aberto" a se unir a movimentos contrários ao atual governo. As declarações foram feitas em entrevista publicada pelo jornal Folha de S.Paulo neste domingo.
"A estratégia que eles (petistas) adotam, negando os crimes que foram praticados durante a presidência do PT (...), é mais ou menos equivalente à postura do presidente da República, que nega a existência de uma pandemia no momento atual", disse Moro.
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Questionado se pretende aderir a um movimento contrário ao presidente, afirmou que é uma "questão em aberto" e que poderia "deixar de lado" divergências de opinião com figuras da oposição, como o governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) e até mesmo Lula. "Não falei que vou abraçar o Lula", ponderou em seguida. "O movimento não é do Lula".
O ex-juiz criticou ainda a aproximação do governo com figuras do Centrão, muitas delas envolvidas no passado em grandes esquemas de corrupção: "Contraria tudo o que a Lava Jato representou", atestou.
