No pedido de prorrogação, a PF sinalizou a necessidade de realização de novas diligências para conclusão das investigações. Na ocasião, indicou ainda que pretendia tomar o depoimento de Bolsonaro na investigação aberta após as acusações feitas pelo ex-ministro Sérgio Moro ao anunciar a demissão. Como presidente, Bolsonaro pode optar pelo depoimento por escrito, como foi autorizado a Michel Temer, que encaminhou ao Supremo respostas aos questionamentos feitos pelos investigadores no âmbito do inquérito dos Portos. O ex-presidente acabou denunciado no caso por corrupção e lavagem de dinheiro.
No entanto, na última quarta-feira, 3, o presidente afirmou que pode prestar depoimento presencialmente à Polícia Federal no inquérito. Bolsonaro disse ainda que o inquérito acabará sendo arquivado e que ele prestará esclarecimentos "sem problema nenhum".
Além do possível depoimento de Bolsonaro, o pedido de prorrogação do inquérito feito pela PF citou uma série de diligências pendentes já determinadas pelas autoridades policiais, entre elas a verificação de edições na mídia que contém os arquivos de vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril - que foi divulgada quase na íntegra por ordem de Celso de Mello - e a finalização do relatório de análise das mensagens trocadas entre o ex-ministro Sérgio Moro e a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP).