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Por ESTADÃO CONTEÚDO
São Paulo - Após 83 dias fechados, os shoppings da capital paulista poderão reabrir a partir de hoje, após entidades do setor fecharem acordo com a Prefeitura. Os estabelecimentos poderão funcionar quatro horas por dia, com até 20% da capacidade e oferta de álcool em gel a clientes. A Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce) prevê que 46 dos 53 centros de compras na cidade reabram de início.
Os shoppings funcionarão das 16 horas às 20 horas neste momento - em que a operação só é permitida por quatro horas no dia. Há opção também para que abram das 6 horas às 10 horas, mas quem optar por um horário terá de se manter fechado no outro. O comércio de rua, que reabriu ontem na capital, também está com o funcionamento diário limitado a quatro horas - das 11 horas às 15 horas.
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Os shoppings terão de controlar o acesso de clientes, de modo a garantir que a lotação atinja só 20% da capacidade de cada prédio. Além oferecer álcool em gel e medir a temperatura dos clientes, terão de agir para evitar que ocorra aglomeração dentro dos estabelecimentos.
Especialistas têm visto com ressalvas a flexibilização da quarentena antes de uma queda consistente do número de infecções e mortes pelo novo coronavírus. Entre os dias 2 e 8, a capital registrou 177 óbitos. A gestão Bruno Covas (PSDB) diz que as decisões são tomadas com base em critérios científicos e afirma que a cidade conseguiu ampliar a estrutura hospitalar durante a pandemia.
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"Ainda estamos em quarentena, peço para a população utilizar máscara, evitar aglomeração e sair de casa. Essa forma encontrada pela Prefeitura, de discutir protocolos com os setores, é a que dá mais tranquilidade que não vamos retroceder à fase anterior", disse Covas.
O modelo estadual de reabertura gradual da economia prevê cinco fases. Cada região é classificada em um nível, conforme a evolução de casos de covid-19 e a taxa de ocupação de UTIs. Se há piora de quadro após a reabertura, a região pode voltar a uma fase mais restritiva. A capital está no nível 2, que permite reabrir shoppings, lojas de rua, imobiliárias, concessionárias e escritórios. Restaurantes, academias e salões de beleza só abrem em fases seguintes.
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Preparação
Os estabelecimentos começaram a se preparar nos últimos dias para reabrir. O Pátio Higienópolis, na região central, informou que vai usar câmeras com inteligência artificial para aferir a temperatura, botoeiras "no touch" para chamar elevadores, contagem eletrônica de ocupação e tapete para desinfectar calçados.
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"É claro que os lojistas não vão conseguir o retorno econômico de antes com jornada reduzida", diz o presidente da Abrasce, Glauco Humai. "Mas, antes, o lojista estava com zero." A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) calcula prejuízos de R$ 27 bilhões no País durante a quarentena e mais de 120 mil desempregados.