Aids: Remissão de HIV apenas com medicamentos significa muito em termos de segurança - AFP
Aids: Remissão de HIV apenas com medicamentos significa muito em termos de segurançaAFP
Por O Dia
Rio - Como os números de novos casos da covid-19 aumentam de maneira exponencial no Brasil, o país tem se tornado um bom ponto de estudos para os testes finais das vacinas candidatas a imunizar contra a doença. Entre 8 e 11 de junho, a média foi de mais de 27,7 mil casos confirmados por dia.
No início de junho, Universidade de Oxford, no Reino Unido, anunciou que sua vacina, a ChAdOx1 nCoV-19. As doses de teste foram feitas pela empresa italiana Advent-IRBM e, caso funcione, será distribuída mundialmente pela empresa sueco-britânica AstraZeneca.
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Vacina Instituto Butantan
Nesta quinta-feira, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou que o Instituto Butantan fechou uma parceria com a empresa chinesa Sinovac Biotech para fazer a fase 3 de testes da candidata CoronaVac no país. Além dessas duas, há outras duas imunizações na terceira etapas de testes, que é considerada a mais importante porque coloca a vacina em um "teste na prática", ou seja, verifica se ela de fato imuniza as pessoas que tiverem contato com a doença em um ambiente não controlado.
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As outras candidatas são a mRNA-1273, desenvolvida pela empresa Moderna e pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID), que está sendo testada nos Estados Unidos, e a Ad5-nCoV, da Cansino e do Instituto de Biotecnologia de Pequim, que é testada na China.
Quais as diferenças das vacinas testadas no país?
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As duas candidatas no Brasil tem vetores diferentes. A ChAdOx1 nCoV-19 é a mais tecnológica e usa um adenovírus de chimpanzés contendo a proteína spike, que é usada pelo Sars-CoV-2 para agredir as células do corpo humano. O procedimento é considerado um dos mais novos usados no desenvolvimento da vacina.
Já a CoronaVac usa um método mais tradicional para criar a imunização, com uma versão quimicamente inativa do Sars-CoV-2, da mesma forma como foram criadas as usadas no caso da Influenza e algumas hepatites. A forma é considerada a mais segura atualmente.
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Laboratórios:
A Sinovac Biotech, fundada em 1993, é um dos quatro laboratórios da China que receberam o aval do governo para investir nas pesquisas para encontrar uma vacina contra o novo coronavírus.
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A empresa é bastante conhecida na comunidade científica internacional após ter sido o primeiro laboratório chinês a desenvolver uma vacina contra a hepatite A e por ter sido a primeira do mundo a conseguir criar uma vacina contra a gripe H1N1 - também conhecida como Influenza tipo A ou gripe suína.
Quantidade de testes:
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No Brasil, a ChAdOx1 nCoV-19 será testada, a princípio, em pelo menos dois mil adultos entre 18 e 55 anos, prioritariamente profissionais de saúde ou pessoas "com risco aumentado de exposição à Covid", como funcionários de limpeza e seguranças de hospitais, informou à ANSA a coordenadora do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) da Unifesp, Lily Yin Weckx.
A Universidade de Oxford, no Reino Unido, informa que mais de 10 mil britânicos mais de 11 mil britânicos participaram das fases I e II dos testes. A CoronaVac será testada em cerca de nove mil voluntários no Brasil. Após procedimentos de segurança em macacos, nas fases I e II, foram testados 144 pessoas saudáveis com idades entre 18 e 59 anos.
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Produção e Distribuição:
Conforme anúncio do governo de São Paulo e um comunicado oficial da Sinovac, a produção das doses, em caso de sucesso da vacina, pode ser feita no Brasil. Segundo nota da empresa, a parceria para os testes foi o primeiro "em uma série de acordos que devem ser completados entre as partes para estabelecer uma extensa colaboração que inclui a licença da tecnologia, a autorização de mercado e a comercialização da CoronaVac".
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Na China, a empresa anunciou que está construindo uma nova fábrica para poder produzir até 100 milhões de doses da imunização por ano. A CoronaVac deve estar disponível até junho de 2021.
Por sua vez, o grupo AstraZeneca anunciou que já começou a produção da vacina, mesmo sem os resultados finais. O acordo com a Oxford permitirá a produção de dois bilhões de doses. Não há informações de como o Brasil se beneficiará por realizar os testes. (ANSA)