Presidente Jair Bolsonaro - Isac Nobrega / Presidência da República
Presidente Jair BolsonaroIsac Nobrega / Presidência da República
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - Movimentos de oposição ao presidente da República, Jair Bolsonaro, convocaram novas manifestações de rua para este fim de semana. A expectativa é de que os atos ocorram em até 17 Estados, além do Distrito Federal, segundo os coordenadores de algumas das principais entidades oposicionistas

O principal ato - convocado pelo movimento Somos Democracia - deve acontecer neste domingo, 14, em frente ao Masp, na Avenida Paulista. No entanto, algumas manifestações de oposição já ocorreram no sábado, 13.

Na própria Avenida Paulista, um grupo apartidário fez um protesto relembrando os mortos pela covid-19 foi realizado durante a tarde do sábado. Em Brasília foi realizada uma carreata e um buzinaço contra o presidente durante a manhã.

Os atos são, mais uma vez, convocados por torcedores de futebol que se tem se manifestado politicamente através do movimento Somos Democracia.

Segundo Danilo Pássaro, fundador do movimento, representantes de torcidas organizadas de 14 Estados entraram em contato com ele durante as últimas semanas e devem aderir ao movimento do domingo em suas capitais (veja a lista de torcidas por Estado no fim da matéria).

"Fizemos reuniões online com representantes de torcidas de 14 Estados", disse Pássaro.

Apesar da presença do Somos Democracia estar restrita a 14 Estados e o DF, a estimativa dele é que 18 Estados registrem movimentações, pois, além dos torcedores, os atos devem congregar coletivos ligados ao movimento negro e outras entidades, como a Frente Povo Sem Medo.

De acordo com o advogado Raimundo Bonfim, coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP) - entidade ligada a Frente Brasil Popular, que não aderiu formalmente aos atos -, vários grupos populares vão comparecer às manifestações para se opor ao fascismo e em defesa da democracia, como a Frente Povo Sem Medo, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a própria CMP - que já participou do buzinaço no DF e deve estar presente nos atos em São Paulo, Rio, Salvador, Recife, Natal, São Luís, Belém, Goiânia e Aracaju.

Em um comunicado enviado aos membros do movimento, Bonfim reforçou a importância de adotar precauções em razão da pandemia do novo coronavírus: "Nós, da CMP, sabemos da importância de seguir com a política de isolamento social. Mas é também fundamental, neste momento, sair às ruas pelo fim do governo Bolsonaro, sua política autoritária, genocida e racista", afirmou.

A recomendação da entidade é que apenas as pessoas fora dos grupos de risco participem da manifestação e que todos usem máscaras de proteção, levem álcool em gel e mantenham distância de 1,5 metros uns dos outros.