Evento de exposição e comercialização de produtos da agricultura familiar, realizado pelo MST (Movimento Sem Terra) - Paulo Carneiro/Parceiro/Agência O Dia
Evento de exposição e comercialização de produtos da agricultura familiar, realizado pelo MST (Movimento Sem Terra)Paulo Carneiro/Parceiro/Agência O Dia
Por IG - Último Segundo
São Paulo - Algumas famílias de agricultores da FETRAF-PA (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado do Pará) foram agredidas, na noite deste domingo, por seguranças da mineradora Vale. A denúncia foi feita pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no Twitter.

Segundo a publicação, o acampamento 'Nova Carajás', que fica no município de Paraupebas, foi o alvo dos agentes da empresa. O local abriga 248 famílias há, aproximadamente, 5 anos.

Veja na sequência a publicação com as fotos:

Em nota, a Vale informou que a equipe de segurança da empresa foi recebida a tiros. Confira a íntegra:
Publicidade
"A Vale informa que no domingo, 21/6/20, a sua equipe de segurança foi recebida a tiros de arma de fogo por um grupo de aproximadamente 40 pessoas que ocupam irregularmente área de propriedade da empresa denominada Fazenda Lagoa, no município de Parauapebas. O registro está no boletim de ocorrência número 0071/2020.103382-8, registrado na Polícia Civil de Parauapebas nesta segunda-feira, 22 de junho. A segurança da empresa foi chamada depois que o grupo invadiu área da empresa e tentou instalar postes para ligação clandestina de energia elétrica no local. Após várias horas de diálogo na tentativa de convencer o grupo a paralisar a ação ilegal, os seguranças iniciaram a operação de desforço imediato utilizando os meios necessários não letais e em legítima defesa. A Polícia Militar e os bombeiros foram imediatamente acionados para controlar a situação e prestar o atendimento médico. A Vale acompanha o caso e aguardará a conclusão das investigações pelas autoridades, a quem compete a apuração dos fatos.

A Vale vem mantendo diálogo com a comunidade l, que desde 2015 ocupa a Fazenda Lagoa l, de propriedade da empresa. A área integra processo de reintegração de posse com decisão judicial favorável à Vale, determinando que os invasores deixem o imóvel. Com a nova ação realizada, o movimento descumpre também acordo firmado com a interveniência do INCRA, de não promover invasões.

Desde abril, a empresa se reúne com o grupo de invasores para alertá-los de que invasão de propriedade privada, bem como instalação clandestina de energia são crimes, além de apresentarem alto risco de saúde e segurança para os membros da comunidade, como choque de alta voltagem e risco de incêndio".