Alexandre de Moraes, ministro do STF, é o relator do caso - Rosinei Coutinho/STF
Alexandre de Moraes, ministro do STF, é o relator do casoRosinei Coutinho/STF
Por IG - Último Segundo
São Paulo - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou a Polícia Federal (PF) ter acesso a todos os dados da investigação privada do Facebook que levou a rede social a derrubar contas de membros do gabinete da família Bolsonaro e de membros do PSL, ex-partido do presidente. A informação foi divulgado pela assessoria do STF na tarde desta quarta-feira.
Os dados de aliados dos Bolsonaro seriam válidos para o inquérito das fake news, que investiga ataques contra o STF, e o dos atos antidemocráticos, que apura a organização e financiamento de manifestações com pautas que violam a democracia. Ambos os inquéritos têm Alexandre de Moraes como seu relator no Supremo.

A decisão de Moraes está em sigilo, mas teria sido tomada na semana passada, segundo fontes ouvidas pela emissora Globo. Essa nova etapa indica que o cenário deve se agravar contra os bolsonaristas.

A Polícia Federal argumentou que a determinação para o Facebook deve ocorrer de forma urgente. O intuito é fazer com que as pessoas envolvidas com as contas removidas não tenham tempo de se desfazer dos dados

Entenda a ação do Facebook

No último dia 8, a rede social removeu contas falsas que estavam ligadas ao PSL e a funcionários dos gabinetes da família Bolsonaro. Ao todo, a rede social excluiu 73 contas, 14 páginas e um grupo. A ação também foi feita no Instagram, que pertence ao Facebook .

A rede social afirmou que a remoção aconteceu porque as páginas e perfis, que eram de apoio a Bolsonaro, realizavam ações proibidas, como o uso de contas falsas, envio de spam e adoção de ferramentas para ampliar a presença nas redes. O Facebook derrubou outros grupos semelhantes nos Estados Unidos, na Ucrânia e em outros países.