O fundador e ex-principal acionista da rede varejista Ricardo Eletro foi preso em São Paulo na manhã desta quarta-feira (8), em uma operação de combate à sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no estado de Minas Gerais. Ricardo Nunes e a filha Laura Nunes foram presos em uma força-tarefa composta pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), pela Receita Estadual e Polícia Civil. A investigação durou mais de um ano e meio.
A prisão de Laura foi feita na Grande Belo Horizonte. Há um mandado de prisão em aberto para o diretor superintendente da Ricardo Eletro, Pedro Daniel Magalhães, em Santo André, região do ABC de paulista. Até às 8h, ele estava foragido. O irmão de Ricardo, Rodrigo Nunes, também é alvo de um mandado de busca e apreensão.
Sonegação
A operação "Direto com o Dono" investiga a sonegação de aproximadamente R$ 400 milhões em impostos ao longo de cinco anos. O delegado Vitor Abdala, responsável pelo caso, disse ao G1 Minas Gerais que o patrimônio de Ricardo crescia enquanto ele "se apropriou indevidamente do tributo".
Além dos três mandados de prisão, há 14 mandados de busca e apreensão em Minas e São Paulo. A Justiça determinou ainda o sequestro de bens imóveis de Ricardo Nunes, avaliados em cerca de R$ 60 milhões, para ressarcir danos causados ao estado de Minas Gerais.
Se comprovadas as suspeitas que motivaram a deflagração, os investigados serão denunciados e, se condenados, poderão pegar até dois anos de reclusão por crime tributário, e entre três e dez anos de prisão por lavagem de dinheiro.
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