Sede do Comando Militar da AmazÎniaExército Brasileiro/ Comando Militar da AmazÎnia
Por O Dia
Publicado 22/07/2020 11:14 | Atualizado 22/07/2020 11:26
Rio - Após quase 15 anos de investigações, militares e empresários foram condenados, na última sexta-feira, pela JMU (Justiça Militar da União) por um esquema de corrupção que envolvia desvio de alimentos e festa com prostitutas. 
De acordo com as denúncias do Ministério Público Militar, o esquema, investigado desde 2006, consistia no pagamento de propinas a militares em troca de favores como vantagens no processo de licitação para compra de alimentos, superfaturamento e fraudes em editais do Exército. O esquema entre empresários e militares envolvia o CMA (Comando Militar da Amazônia), a Diretoria de Suprimentos do Exército e alguns batalhões, como o 12º Batalhão de Suprimentos, com sede em Manaus.
Publicidade
Na sentença, o juiz federal substituto Alexandre Augusto Quintas, da JMU, afirmou que o contato entre os investigados era "tão estreito" que um dos empresários chegou a bancar uma festa com prostitutas em um motel, para oficiais e praças.
"Impende ressaltar, que o contato de Botelho e Capecchi (capitães do Exército) era tão estreito com o empresário João Leitão que este último contratou prostitutas e promoveu uma festa em um motel de Manaus para os referidos Oficiais", escreveu.
Publicidade
Os militares foram condenados pelo crime de corrupção passiva e peculato (desvio de dinheiro mediante uso do cargo público), podendo chegar a até 15 anos de reclusão segundo o Código Penal Militar.