Eduardo Pazuello destacou a importância do apoio do MP para ações de enfrentamento ao coronavírus - Marcos Corrêa/PR
Eduardo Pazuello destacou a importância do apoio do MP para ações de enfrentamento ao coronavírusMarcos Corrêa/PR
Por IG - Último Segundo
São Paulo - O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, participou de uma reunião semanal da OMS (Organização Mundial da Saúde) destinada a ouvir os líderes mundiais sobre as ações adotadas para combater a pandemia do novo coronavírus (Sars-cov-2). Pazuello foi o responsável por explicar a atuação do governo brasileiro. Com informações do colunista Jamil Chade no UOL.
O ministro preferiu destacar o número de pessoas recuperadas e o total de casos, mas não se referiu ao número de mortes causadas pela doença no país, que já soma mais de 100 mil. Nos dados contabilizados pela OMS, o Brasil figura como o segundo país do mundo com maior número de mortes pela Covid-19, em termos absolutos.
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Segundo Jamil Chades, outros líderes mundiais que participaram da reunião mencionaram que Pazuello atualizou os especialistas e o diretor-geral da OMS sobre as ações adotadas e demonstrou a vontade do Brasil de fazer parte de alianças internacional para lidar com a doença, inclusive para ter acesso às vacinas.

Pazuello demonstrou solidariedade com as vítimas da crise sanitária, mas não mencionou a marca de 100 mil mortes. "Sentimentos sinceros a todos que perderam entes queridos para a covid-19 e conhecer imenso sacrifício pessoas que profissionais de saúde fazem diariamente para ajudar o próximo". "O Brasil se solidariza com vocês", falou Pazuello.

O ministro da Saúde também falou sobre as medidas do governo para lidar com a doença em terras indígenas e defendeu o SUS ao dizer que com "um sistema universal de saúde forte...vamos vencer essa batalha". A última participação de Pazuello em reuniões da OMS foi em maio, quando defendeu que a colaboração entre o governo federal e os governos estaduais estava funcionando. 

O diretor de operações da OMS, Mike Ryan, reforçou a necessidade de se manter o isolamento social, mas reconheceu as particularidades do Brasil que dificultam algumas ações como a pobreza e locais naturalmente aglomerados

"O governo deve continuar a dar apoio à sociedade. É difícil agir como comunidade se não recebe apoio. Não se pode empoderar comunidades com palavras. Elas precisam de ações. Ela precisa de recursos e conhecimento. Sociedades não podem agir com as mãos atadas nas costas. Elas precisam receber recursos e meios para agir", disse o chefe da organização. 

"O Brasil está mantendo um nível muito elevado da epidemia. A curva está mais achatada. Mas ela não está caindo e o sistema está sob dura pressão", afirmou", disse.