Jair BolsonaroIsac Nóbrega/PR
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Brasília - Após lamentar as quase 100 mil mortes por coronavírus no País, o presidente Jair Bolsonaro disse na quinta-feira que é preciso "tocar a vida". "A gente lamenta todas as mortes, está chegando a 100 mil, vamos tocar a vida e buscar uma maneira de se safar desse problema", afirmou o mandatário em transmissão ao vivo no Facebook.
Nos últimos sete dias, a média móvel de novos óbitos foi de 1.038 a cada 24 horas pelo novo coronavírus. O País registrou nesta quinta-feira 1.226 mortes e 54.801 novas infecções de coronavírus, segundo dados do levantamento realizado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL com as secretarias estaduais de Saúde. O balanço mais recente do Ministério da Saúde mostra ainda que 2.047.660 pessoas já se recuperaram do coronavírus em todo o País.
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Na transmissão, que ocorre semanalmente em sua página na rede social, Bolsonaro voltou a fazer propaganda do uso da hidroxicloroquina e questionar os números de mortes registradas. "A pessoa está em situação complicada, vem a falecer e o pessoal ‘mete’ covid. Não é uma regra isso, mas é em alguns casos, o médico poupa uma autópsia. Alguns casos tem chegado ao conhecimento da gente. Não vou dizer que são fontes confiáveis, mas vou dizer que chega ao conhecimento", disse Bolsonaro. "Alguns governadores, não sei com qual interesse, encaminham nesse sentido."
Mais cedo, Bolsonaro assinou medida provisória que abre crédito extraordinário de R$ 2 bilhões para viabilizar compra, processamento e distribuição de 100 milhões de doses de vacina contra a covid-19. O recurso será destinado à Fundação Oswaldo Cruz, que negocia acordo para incorporar a tecnologia e produzir a vacina do laboratório AstraZeneca e da Universidade de Oxford.