Esquema criminoso favorecia empresas em contratos para merenda escolar e a produção de videoaulasAntonio Cruz/Abr
Por Agência Brasil
Publicado 09/09/2020 13:30 | Atualizado 09/09/2020 14:10
Distrito Federal - Um suposto esquema criminoso para o favorecimento de empresas em contratos para merenda escolar e a produção de videoaulas, realizados pela Secretaria de Educação do Distrito Federal, são alvo de duas operações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nesta quarta-feira.
A operação cumpre 26 mandados de busca e apreensão. As investigações do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e da Polícia Civil apontam para diversas práticas delituosas como um possível conluio de grandes empresários do ramo alimentício para fraudar licitações referentes à alimentação escolar. Também está sob investigação o direcionamento do edital de licitação referente a denominada terceirização da merenda para empresas pré determinadas, irregularidades na contratação de produção de videoaulas e ainda a alteração de parâmetros nutricionais de proteína, sem nenhuma justificativa, beneficiando diretamente os fornecedores.
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São Paulo e Piauí
Além de Brasília, os alvos são dos estados de São Paulo e Piauí. A investigação faz parte da operação Self-Service, deflagrada nesta quarta-feira e da operação Fames, que já está na segunda fase. Ambas são coordenadas pela Divisão Especial de Repressão à Corrupção da (Cecor), em parceria com o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) e com a Controladoria-Geral da União (CGU).
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Os nomes dos envolvidos não foram divulgados. Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em órgãos públicos, em residências de servidores e ex-servidores, além de empresas envolvidas nas licitações.
Segundo a Polícia Civil do DF, o termo Fames é uma referência à deusa da fome, da mitologia romana, por causa das irregularidades nos contratos do ramo alimentício. Já o termo Self Service, que em tradução livre significa autosserviço, foi escolhido pelo fato dos suspeitos atenderem interesses privados.
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A Secretaria de Educação do DF ainda não se manifestou sobre o caso.