VACINAS PG7ARTE O DIA
Por O Dia
Publicado 10/09/2020 00:00

Mais de nove meses depois da descoberta do primeiro caso da covid-19, o mundo contabiliza 27,6 milhões de casos confirmados e 899 mil mortes, segundo dados da Universidade de Johns Hopkins liberados na tarde de ontem. Para conter a contaminação, até agora só há uma resposta: a vacinação em massa. Na corrida pela imunização, o mundo conta com oito fortes candidatas, mas os testes da pioneira, a de Oxford, foram interrompidos na terça devido a efeitos adversos sentidos por um voluntário. 

Em primeiro lugar, a vacina do Reino Unido é desenvolvida a partir de parceria entre laboratório AstraZeneca e Universidade de Oxford, e começou a fase 3 de testagem em junho. Nessa última etapa, deve ser testada em larga escala, em cerca de 30 mil voluntários, a serem observados por, no mínimo, seis meses. Se passar os estudos finais, poderá ser comercializada ou distribuída. Outra gigante em estágio avançado é a imunização da Sinovac Biotech, chinesa desenvolvedora da Coronavac. As duas com testagem no Brasil, em parcerias com Fiocruz e Instituto Butantan.

Os EUA não ficam para trás na disputa, e apresentaram três candidatas: Pfizer com a empresa de tecnologia BioNTech; Moderna; e Janssen, da Johnson & Johnson. As três ingressaram na fase 3 em julho e agosto e, portanto, devem demorar a apresentar resultados. Duas imunizações que, apesar de não terem começado a testagem em larga escala, foram registradas. A Sputnik V, da Rússia, publicou resultados das fases 1 e 2 semana passada, na revista científica Lancet, e a Soberano 01, de Cuba, que terá a primeira leva de testagem em humanos.

Brasil entra na corrida
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Vacinação só em meados de 2021
Das oito candidatas, quatro foram trazidas ao Brasil para testagem da fase 3. Segundo o infectologista Alberto Chebabo, os países escolheram os brasileiros por conta da alta carga viral existente no país, com mais de 4,1 milhões de contaminados. 
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A imunização dos brasileiros, entretanto, ficará para 2021, bem depois do prazo apresentado pelo Ministério da Saúde, que prevê doses da vacina de Oxford em janeiro. "Acredito que a gente só vá ter vacina para distribuir em massa em meados do ano que vem. Acho pouco provável que a gente tenha em larga escala, a não ser que não se respeite os trâmites da Ciência, como a da Rússia", diz. 
Segundo ele, as primeiras disponíveis no SUS devem as vacinas de Oxford e Sinovac Biotech, com parcerias firmadas com o Brasil.
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