Senador Arolde Oliveira (PSD-RJ) - Nilson Bastian/Câmara dos Deputados
Senador Arolde Oliveira (PSD-RJ)Nilson Bastian/Câmara dos Deputados
Por O Dia
Rio - O senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ), morto por complicações decorrentes da covid-19, nesta quarta-feira, aos 83 anos, era crítico do isolamento social, defendia o uso da cloroquina e dizia que "Bolsonaro estava certo desde o início" sobre o "vírus chinês", em publicações feitas em suas redes sociais no início da pandemia no Brasil. 
"Os números do vírus chinês no mundo e no Brasil demonstram a inutilidade do isolamento social. Autoridades, alarmistas por conveniência, destruíram o setor produtivo e criaram milhões de desempregos. O presidente Jair Bolsonaro,isolado pelo STF, estava certo desde o início", escreveu, no dia 19 de abril.
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No mesmo mês, Arolde afirmou que políticos estavam fazendo "uso eleitoral" da pandemia e mandou o jornalista Ricardo Noblat "ir para Cuba" por criticar Bolsonaro e defender o isolamento social.
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Já em agosto, o senador questionou o número de mortos por coronavírus no País, sugerindo que eles estariam sendo manipulados.  
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Arolde de Oliveira estava internado desde o dia 4 de outubro e faleceu após sofrer falência múltipla de órgãos, na noite desta terça-feira. Ele foi o primeiro congressista morto pela doença no Brasil. 
Vida política
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Natural de São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul, Oliveira assumiu o cargo de deputado federal pela primeira vez em 1986. Desde então, ele foi eleito em cargos públicos outras nove vezes. Em 2018, ele foi eleito Senador Federal com o apoio de Jair Bolsonaro (sem partido) e de Flávio Bolsonaro (Republicanos).
Arolde de Oliveira era dono do grupo MK de Comunicação, maior empresa de mídia evangélica do país. A deputada federal Flordelis (PSD) era uma das contratadas da MK Music há mais de uma década. Durante as investigações da morte do pastor Anderson, a polícia suspeitou que o telefone dele havia sido ligado na casa de Arolde pouco depois do crime.
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Em fevereiro deste ano, esposa do senador, Yvelise de Oliveira, negou que o celular do pastor Anderson do Carmo esteve na sua residência horas após o crime. Em trecho do depoimento, obtido pelo jornal O Dia, ela afirma que "fez um contato via internet com o celular e isso poderia ter gerado um erro na operadora telefônica". Yvelise e o marido eram amigos próximos do casal Anderson e Flordelis.
Luto
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O prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) lamentou a morte do senador. Crivella decretou luto oficial de três dias na município do Rio de Janeiro. “Hoje, 21/10, nos lares do Rio de Janeiro, há uma lágrima em cada olhar e em cada coração, um sentimento de saudade e tristeza. Perdemos o nosso senador Arolde Oliveira, que honrou e dignificou os votos que recebeu em sua brilhante e imaculada carreira política. Foi também deputado constituinte e secretário de transportes de nossa cidade, sempre com uma trajetória digna e honesta. Eu e minha família estamos orando para que Deus conforte seus familiares, amigos e admiradores. Amanhã, 22/10, será decretado luto oficial de três dias no município do Rio de Janeiro, em memória a este grande líder que partiu”, escreveu o prefeito.
O governador em exercício Cláudio Castro também fez uma homenagem a Arolde de Oliveira e decretou luto oficial de três dias no Estado. "Recebo com profundo pesar a notícia do falecimento do senador Arolde de Oliveira, na noite desta quarta-feira (21/10), vítima da Covid-19. Seu trabalho na política e na comunicação do Brasil deixam um legado social em prol da população, em especial dos fluminenses. Minha solidariedade aos familiares e amigos, assim como a todos aqueles que perderam entes queridos nesta pandemia. O Governo do Estado decreta luto oficial de três dias", lamentou.
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No Twitter, o Partido Social Democrático lamentou a morte de Oliveira e prestou apoio à família dele.