CoronaVac, vacina que está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac com apoio do Instituto Butantan - Governo de São Paulo
CoronaVac, vacina que está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac com apoio do Instituto ButantanGoverno de São Paulo
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São Paulo - Depois de dois adiamentos, o governo de São Paulo e o Instituto Butantan devem divulgar os dados da eficácia da CoronaVac até o dia 7 de janeiro. É a previsão que o laboratório farmacêutico Sinovac solicitou para que possa fazer novas análises dos números. A data é um prazo de 15 dias, contando desde o dia 23, última coletiva feita pela gestão do governador João Doria (PSDB). O governo também afirmou que a eficácia da vacina não chegou a 90%. 
Durante a entrevista à Rádio CBN, na quarta-feira, dia 23, o secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse que o imunizante atingiu o patamar mínimo exigido de 50%, mas não revelou o porcentual alcançado pelo produto.

"Não atingiu 90%. Nós não sabemos o quanto acima de 50% ficou, se foi 60%, 70% ou 80%", afirmou o secretário. "Mas eles estão em níveis que nos permitem fazer redução de impacto da doença na nossa população, diminuindo o número de pessoas com doença grave e que, infelizmente, vêm a morrer."

Gorinchteyn disse que o patamar abaixo dos 90% já era esperado, em razão do método utilizado para a fabricação da vacina, que usa o vírus inativado para provocar a defesa do corpo humano. "Sabíamos que a efetividade jamais atingiria 90%, mas o que nós não imaginávamos era que a empresa (a chinesa Sinovac) queria e objetivava um resultado muito próximo em todos os países e não somente em um ou outro país."

A divulgação do porcentual de efetividade da Coronavc estava marcada para ocorrer na quarta-feira, dia 23, mas o governo acabou adiando o anúncio pela quarta vez. A gestão do João Doria (PSDB) justificou o novo adiamento, dizendo que a Sinovac solicitou os números para fazer novas análises, com um prazo de 15 dias. 

Para Gorinchteyn, o fato de a vacina ter atingido o porcentual acima do mínimo já é algo relevante. "Obtermos a eficácia foi extremamente importante", disse, pontuando que mesmo para os grupos nos quais a eficácia não seja completa a vacina poderá representar um abrandamento da doença, com menos óbitos e internações.
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Nesta quinta-feira, a Turquia divulgou que o imunizante apresentou 91,25% de eficácia contra o novo coronavírus. De acordo com agência de notícias Reuters, pesquisadores turcos disseram, é provável, ainda, "que a taxa aumente com base em dados de testes em estágio avançado". O conselho científico do governo da Turquia, também informou que que nenhum sintoma importante foi detectado durante os testes da CoronaVac no país, exceto por uma pessoa que teve reação alérgica.
*Com informações do Estadão Conteúdo