Publicado 08/12/2020 12:10
Rio - O Brasil pode enfrentar um aumento expressivo no número de mortes por covid-19, nos próximos sete dias. De acordo com o relatório divulgado pelo Imperial College, uma universidade de Londres, a taxa média de transmissão da doença chegou a 1,14 na última semana, 0,12 a mais do que o número registrado anteriormente. Com o índice acima de um, significando o avanço descontrolado do vírus no país, a projeção da universidade britânica é de que o Brasil deve registrar 4.620 mortes nesta semana, podendo chegar a 4.970, no pior cenário.
A taxa média de transmissão, também chama de Rt, é um dos principais pontos usados para acompanhar a evolução da pandemia no Brasil. Atualmente, com o Rt em 1,14, a indicação é de que cada 100 pessoas contaminadas, levam a covid-19 para outras 112 pessoas. Para o país indicar uma tendência de estabilização no contágio, é preciso que o Rt esteja abaixo de um. Na América do Sul, outros países que estão enfrentando dias intensos com a doença ainda estão com o índice menor do que o Brasil, como é o caso da Argentina, com 0,89 e da Colômbia, com 1,01.
Apesar da projeção no aumento de mortes para a próxima semana, não é de hoje que os números tem crescido no país. Depois de 58 dias, na última segunda-feira, a média móvel de mortes ultrapassou o registro de 600 óbitos diários, segundo informações do consórcio de veículos de imprensa, formado pelo O GLOBO, Extra, G1, Estado de S. Paulo, UOL e Folha de S. Paulo. A expectativa para os próximos dias, supera inclusive, a de outros países da Europa, como a França , que espera 2.360 óbitos, o Reino Unido com projeção de 3.130 vítimas fatais, na próxima semana.
As maiores taxas médias de transmissão foram registradas na Eslovênia, com 1,39, Letônia , com 1,38, Coreia do Sul, com 1,38, Japão, com 1,37 e Finlândia, com 1,35. Porém, mesmo com o Rt alto, esses países registram um índice de mortes muito baixo, mantendo o controle da situação.
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