Publicado 15/12/2020 10:26
Nesta segunda-feira (14), a falta de planejamento do governo Bolsonaro para montar um calendário de vacinação contra a Covid-19 ganhou as páginas de jornais internacionais. Em artigo, o norte-americano New York Times apontou os diversos problemas que levaram o antes famoso e renomado programa de imunização brasileiro a um estado de "caos" e que "brinca com vidas".
Entre os problemas apontados no artigo, estão as brigas políticas, que colocam em oposição vacinas que deveriam ser complementaras na batalha contra o vírus, a falta de um melhor planejamento, além do crescimento de um movimento antivacinas no país, que atualmente é o segundo no ranking de mortes causadas pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) no planeta, atrás apenas dos EUA.
"Eles estão brincando com vidas. Beira um crime", afirmou Denise Garrett, epidemiologista brasileira-americana do Sabin Vaccine Institute, em entrevista ao jornal. Ela foi uma das especialistas ouvidas pela reportagem, que apontaram para o "poder de imunização" do Brasil, que poderia auxiliar no controle da doença, mas que vem se perdendo em um mar de dificuldades.
O texto aponta ainda os momentos em que o presidente Bolsonaro minimizou os perigos da doença, ao chamá-la de "gripezinha" e ao criticar governadores que tentaram evitar a disseminação do vírus, além das dificuldades do Ministério da Saúde em conseguir acordos por vacinas que já começaram a ser ministradas em países como Reino Unido e EUA, exatamente pela falta de um planejamento prévio.
Outro ponto abordado é a batalha de Bolsonaro contra a "vacina chinesa" desenvolvida pela Sinovac e que conta com o apoio de João Doria, governador de São Paulo e rival político do presidente. Apostando apenas no imunizante desenvolvido pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, e que está atrasado no comparativo com outras vacinas, o Brasil acabou perdendo a chance de iniciar uma campanha de vacinação em massa.
Por fim, ainda de acordo com a publicação, quando os esforços para a aquisição de vacinas for superado, ainda haverá um problema a ser enfrentado: o crescimento de grupos antivacinas , que recebe o "apoio" de Bolsonaro sempre que declarações contrárias ao processo obrigatório de vacinação são proferidas por ele. "Isso encoraja os "antivaxxers" a se apresentarem antes do que deveriam. Eles têm poder e falam alto", finaliza a doutora Garrett.
O texto aponta ainda os momentos em que o presidente Bolsonaro minimizou os perigos da doença, ao chamá-la de "gripezinha" e ao criticar governadores que tentaram evitar a disseminação do vírus, além das dificuldades do Ministério da Saúde em conseguir acordos por vacinas que já começaram a ser ministradas em países como Reino Unido e EUA, exatamente pela falta de um planejamento prévio.
Outro ponto abordado é a batalha de Bolsonaro contra a "vacina chinesa" desenvolvida pela Sinovac e que conta com o apoio de João Doria, governador de São Paulo e rival político do presidente. Apostando apenas no imunizante desenvolvido pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, e que está atrasado no comparativo com outras vacinas, o Brasil acabou perdendo a chance de iniciar uma campanha de vacinação em massa.
Por fim, ainda de acordo com a publicação, quando os esforços para a aquisição de vacinas for superado, ainda haverá um problema a ser enfrentado: o crescimento de grupos antivacinas , que recebe o "apoio" de Bolsonaro sempre que declarações contrárias ao processo obrigatório de vacinação são proferidas por ele. "Isso encoraja os "antivaxxers" a se apresentarem antes do que deveriam. Eles têm poder e falam alto", finaliza a doutora Garrett.
Leia mais
Comentários