O contrato prevê a entrega de 46 milhões de doses da vacina até abril, além da opção de compra de mais 54 milhões de dose. Segundo o ministério, "representantes do Ministério da Saúde e do Instituto Butantan acertaram que a totalidade das vacinas produzidas pelo laboratório paulista serão adquiridas pelo Governo Federal".
"Ontem de noite tive reunião com os técnicos do Ministério da Saúde. No momento, o Butantan tem 6 milhões de doses e serão incorporadas pelo ministério, a medida que houver liberação do uso emergencial. Essas vacinas serão distribuídas por todos os estados de forma proporcional, obedecendo critérios demográficos e número de pessoas nas faixas de risco. Todos os estados serão atendidos. Com essas e mais 2 milhões vindo pela FioCruz. Teremos em janeiro 8 milhões de doses para iniciar a campanha [nacional] de vacinação", afirmou ele.
Covas também afirmou que o instituto e o Ministério da Saúde esperam começar a distribuição em até 48 horas após a liberação do uso emergencial concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em nota, o Butantan informou que “os contratos firmados com o Ministério da Saúde possuem cláusula de exclusividade” e “a partir do momento em que o Butantan fornece as doses ao órgão federal, cabe ao Programa Nacional de Imunizações distribuí-las aos estados, conforme os quantitativos solicitados pelas Secretarias de Saúde, inclusive a de São Paulo”.
"O contrato de exclusividade vale para o Brasil, não impactando na negociação para o fornecimento da vacina do Butantan a outros países. As 46 milhões de doses que serão fornecidas ao Ministério da Saúde incluem as 10,8 milhões que foram adquiridas da biofarmacêutica Sinovac e já estão em solo brasileiro”, completou.