Ministro da Saúde nega atraso de insumos e diz que material chegará até 31 de janeiro
Em evento nesta quinta (21), Eduardo Pazuello afirmou que gestões estão sendo feitas para que insumos retidos na China sejam liberados
Ministro da Saúde, Eduardo PazuelloMarcelo Camargo/Agência Brasil
Por iG
São Paulo - O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, negou, nesta quinta-feira (21) pela manhã, que o envio de insumos para a fabricação das vacinas contra Covid-19 do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estejam atrasados.
Pazuello afirma que o contrato da China com a Fiocruz prevê a entrega até 31 de janeiro e que, portanto, tudo ainda está dentro do prazo. O contrato com o Butantan, ficou firmado para 10 de fevereiro.
"Ainda não está atrasado, mas nós estamos nos antecipando ao problema. Não posso acionar ainda, contratualmente, a empresa que nós fizemos a encomenda da tecnologia. Só posso acioná-la, e acionarei, no primeiro dia de atraso, que é após o final de janeiro", disse.
O ministro ainda afirmou que teve duas reuniões com o embaixador da China nesta quarta-feira (20). "Ele vai fazer as gestões necessárias. Colocou para mim que não há nenhuma discussão política ou diplomática no assunto e sim burocrática”, disse.
Com relação à importação das 2 milhões de doses de vacinas da Oxford/AstraZeneca produzidas no Instituto Sérum, da Índia, o ministro afirmou que "as notícias são muito boas, mas não há a data exata da decolagem".
"Nós queremos, nós contratamos, pagamos, fizemos o empenho, temos o documento de importação e já temos o documento de exportação", se limitou a dizer.
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Imunização e possível atraso
Durante o evento, o ministro da Saúde também minimizou possíveis atrasos em relação à vacinação, por conta da falta de insumos, e afirmou que a campanha está dentro do prazo programado.
"É um país continental. Nós temos a maior capilaridade possível, mas está chegando nos municípios mais distantes", afirmou.
Ele lembrou que, com o fim de janeiro, vacinas de outros laboratórios devem ser lançadas, podendo ser agregadas à carteira de imunizantes do Brasil.
"Era o que nós esperávamos. Em janeiro e no começo de fevereiro vai ser uma avalanche de laboratórios apresentando propostas porque são 270 iniciativas no mundo produzindo vacinas", disse.