Alice da Silva Ribeiro durante atendimento em unidade de saúde da Praia Grande (SP)Reprodução
Por IG - Último Segundo
Publicado 01/01/2021 10:45 | Atualizado 01/01/2021 10:45
São Paulo - Alice da Silva Ribeiro, de 5 anos, foi diagnosticada com uma síndrome inflamatória rara relacionada à infecção pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) na Praia Grande (SP). Segundo a família, a paciente chegou a ser avaliada e liberada por sete médicos antes de receber o diagnóstico.

A mãe de Alice, Eva da Silva Ribeiro, afirma que a avó materna da garota foi passar um período em sua casa no começo de novembro. Sem saber que estava contaminada pelo vírus, a idosa espalhou a Covid-19 para os familiares.

Um mês após as infecções, no dia 11 de dezembro, Alice começou a manifestar sintomas da doença, como febre alta e dor de barriga. Eva levou a garota ao médico, que solicitou um exame de raio-X que não constatou infecção pulmonar. Alice foi liberada, mesmo sem apresentar melhora.

A mãe de Alice alega que a garota começou a demonstrar sintomas de conjuntivite, reação que também é causada pela infecção do novo coronavírus. O médico solicitou novos exames, que confirmaram infecção no sangue. De acordo com Eva da Silva Ribeiro, Alice gritava de dor.

Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica

Alice desenvolveu um quadro de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica, doença rara manifestada em pessoas de 0 a 19 anos que estão com a Covid-19 ou já se curaram. Os principais sintomas são dores abdominais, febre e conjuntivite.

Eva da Silva Ribeiro conta que chegou a alertar os médicos sobre a possibilidade de Alice ter desenvolvido a síndrome rara, mas foi desacreditada pelos especialistas. Segundo os médicos do hospital público em que Alice foi internada, a garota de 5 anos teria virose ou dengue.

O diagnóstico de Síndrome Inflamatória Multissistêmica foi confirmado apenas no dia 23 de dezembro, doze dias após a manifestação dos primeiros sintomas. Segundo a mãe, quando a doença foi confirmada, Alice já estava melhorando. A garota de 5 anos está 100% curada da doença.

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