Frota alega que o senador vem buscando interferir nas investigações do Ministério Público e menciona possível cometimento de crime de tráfico de influência, que pode levar à perda do mandato.
Flávio Bolsonaro é investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pela prática de rachadinha na época em que era deputado estadual na capital fluminense. De acordo com a publicação, o crime consiste no confisco de parte dos salários dos funcionários, o que caracteriza desvio de dinheiro público.
Outras denúncias
Em novembro, o MPRJ apresentou denúncia contra Flávio por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O filho do presidente foi apontado como líder da organização criminosa, que teria desviado R$ 6,1 milhões entre 2007 e 2018, de acordo com os investigadores.
A representação apresentada por Frota se junta a outras que estão paradas no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado há meses. O presidente do colegiado, Jayme Campos (DEM-MT), pode arquivar os pedidos que considerar que não cumprem os requisitos regimentais.
O órgão de assessoramento afirma que é necessário que os atos praticados sejam contemporâneos à legislatura e entende que esse requisito não foi encontrado, o que impossibilita a responsabilização política de Flávio Bolsonaro pelo Senado.