Ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) - Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ)Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Por iG
Brasília - Nesta segunda-feira (1º), em dia de votação para decidir a nova presidência da Câmara e do Senado , Rodrigo Maia (DEM) declarou que não dará seguimento a nenhum pedido de impeachment contra o atual presidente Jair Bolsonaro.

"Não vou deferir impeachment", disse Maia. Acumulando mais de 60 pedidos, Maia encerra nesta segunda, seu mandado na presidência da Câmara, cargo que lhe daria o poder de analisar e dar seguimento ao pedido.

No domingo (31), em uma difícil reunião com filiados de seu partido DEM e da esquerda, Maia gesticulou que daria seguimento em alguns desses mais de 60 pedidos. A intimidação aconteceu pelo afastamento de integrantes do DEM da candidatura de Baleia Rossi (MDB) para se filiarem ao seu concorrente, Arthur Lira (PP-AL).

Deputados e governistas do centrão se encontraram com Maia para convencer o atual chefia da Câmara a não aceitar coações. “Ele falou que não vai abrir (o processo de impeachment)”, afirmou Verri, ao sair do gabinete de Maia, nesta segunda-feira, 1º. 
Verri ainda ainda afirma que Rossi tem apoio do PT, mesmo com as dificuldades enfrenatadas para finalizar o registro. Por causa da pandemia da covid-19, pela primeira vez, os registros tiverfam que ser realizados por meio online, o que acabou gerando alguns atrasos e dificuldades. A Secretaria da Mesa-Geral ainda não informou sobre os blocos, apesar do prazo ter terminado 12h.

De acordo com informações de testemunhas, o presidente do DEM, ACM Neto, teria dito ao Maia que ele e os 16 deputados do partido iriam apoiar a candidatura de Lira, deixando Rossi apenas com o apoio de 15 deputados na sigla, decisão arriscada. 
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Na manhã desta segunda, Lira chegou a incluir em sua agenda, um depoimento formal que confirma o apoio do DEM a sua candidatura. Entretanto, o encontro foi vetado por ACM Neto e a candidatura de parlamentar ainda conta com cerca de metade dos votos do partido.

Em suas redes sociais, Rossi anunicou o apoio do PT, MDB, PSB, PSDB, PDT, SD, PCdoB, Cidadania, PV e Rede.