Presidente Jair Bolsonaro - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Presidente Jair BolsonaroMarcelo Camargo/Agência Brasil
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - O presidente Jair Bolsonaro, ao anunciar que publicará mais decretos relacionados a armas nesta sexta-feira (12), voltou a defender o armamento da população, sob o argumento de que nenhum governante vai querer dar uma de "herói" e "impor uma ditadura" caso o povo esteja armado.

Adiantando as críticas com relação à escolha do tema, o presidente defendeu os decretos. "Devo publicar, quase certo, hoje, três ou quatro decretos sobre armas, aí vão falar: Ele aí falando em arma em vez de falar de vírus. A vida continua, poxa", disse.

De acordo com o mandatário, um dos decretos será referente às armas de airsoft. Atualmente o Exército controla todas as atividades referentes a esse tipo de arma (fabricação, utilização, importação, exportação, desembaraço alfandegário, tráfego e comércio), e segundo o presidente, "a partir do decreto de hoje, amanhã, não vai ser mais" disse. "Vocês podem não dar valor a isso, mas tem gente que dá".

Um dos argumentos usados pelo presidente na defesa do armamento foi a de proteção das mulheres. Ao ilustrar um caso no qual uma mulher poderia estar em perigo, o presidente perguntou "se chegar um pessoal pra cima de você, você prefere ter uma 380, uma .40, ou puxar da bolsa a lei do feminicídio?".

"Agora, quem não quer ter arma, não tenha, bota uma faixa na sua casa, 'aqui não tem arma, somos da paz', pronto, sem problema nenhum", continuou. "Pessoal fala tem que desarmar o vagabundo, é impossível desarmar esses caras, pô (sic). Agora o pessoal de bem para ter uma arma é a maior dificuldade". Segundo o presidente, a partir de hoje, as questões relacionadas ao tema serão tratadas por decreto: "eu fiz tudo que a lei permitia."