Muitas capitais estão à beira de um colapso na saúdeDivulgação
Por O Dia
Publicado 26/02/2021 18:57
Segundo uma pesquisa divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Brasil vive seu pior momento desde o início da pandemia do novo coronavírus. Fundação fez um levantamento das capitais com as taxas mais altas de ocupação das UTI do país voltados para a covid-19. As informações foram apuradas pelo Exame.
"É a situação mais crítica desde o registro dos primeiros casos, há um ano", declara Margareth Portela, pesquisadora do Observatório Fiocruz Covid-19. Em torno de 12 estados mais o Distrito Federal, já atingiu cerca de 96% de sua capacidade em unidade de tratamento intensivo nesta sexta-feira (26), entrando em um estado de alerta máximo.
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Em relação as capitais, 17 se encontram na mesma situação, com taxas de ocupação nos leitos de UTi acima dos 80%. "Quando chega a esse nível, é considerado algo muito preocupante, à beira do colapso, de acordo com diretrizes da Organização Mundial de Saúde. Para passar de 80% a 90% ou até mais não é muito difícil, ainda mais se tratando da Covid, que pode ser uma doença de rápida evolução", ressalta Portela.
Confira a lista de capitais que estão com os leitos de UTI com ocupação altíssima:
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- Porto Velho (RO): 100%;

- Florianópolis (SC): 96,2%;

- Manaus (AM): 94,6%;

- Goiânia (GO) e Fortaleza (CE): 94,4%;

- Teresina (PI): 93%;

- Curitiba (PR): 90%;

- Natal (RN): 89%;
- Rio Branco (AC): 88,7%;
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- São Luís (MA): 88,1%;

- Campo Grande (MT): 85,5%;

- Rio de Janeiro (RJ): 85%;

- Porto Alegre (RS): 84%;

- Salvador (BA): 82,5%;

- Palmas (TO): 80,2%;

- Recife (PE): 80%.

Rondônia, na região Norte do país, apresenta uma lotação de 97,1% dos leitos de UTI, seguida pelo Amazonas com 94%, já apresentam cenário de calamidade na saúde pública. "Quando os leitos de unidade de terapia intensiva se esgotam, isso quer dizer que provavelmente o hospital não terá condições de receber mais pacientes em estado crítico não só da Covid-19, mas também de outras doenças", afirma Portela.

Em São Paulo, no Sudeste, o nível de ocupação gira em torno dos 70%. "Nos estados da região, também preciso atenção, já que deve haver uma tendência de aumento de internações . Não há medidas muito restritivas de distanciamento social e muitas pessoas não usam máscara nem seguem outras recomendações para evitar o contágio", avalia Portela.
No Sul, Santa Catarina aparece com a situação mais crítica, com aproximadamente 93,4% de lotação nos leitos de UTI. Florianópolis aparece só atrás de Porto Velho, em Rondônia, com a pior taxa, cerca de 96,2%. Na teoria, estado não poderia mais atender pacientes infectados pela covid-19 em estado grave nos hospitais.
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