Compras realizadas pela pasta e pelo Ministério da Saúde têm caráter emergencialReprodução

Por O Dia
Nesta quinta-feira, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmou que o Brasil vive o pior momento da pandemia até agora. O país registra 10,3% das mortes e 9,5% do casos do mundo, ainda que a população brasileira corresponde a menos de 3% da população mundial.
Segundo dados do sistema InfoGripe, apresentados em um boletim pela fundação, os níveis de incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) encontram-se em níveis muito altos em todos os estados, com uma tendência de aumento em todos estados das regiões Sul e Sudeste. Entre os registros com resultados positivo para os vírus respiratórios, 96,7% dos casos e 99,1% dos óbitos são em decorrência do coronavírus.
Publicidade
"Os recordes de novos casos e óbitos vêm sendo superados diariamente, acompanhados por uma situação de colapso dos sistemas de saúde em grande parte dos estados e municípios", afirma o boletim. 
Também as taxas de ocupação de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) se mantêm muito críticas. De acordo com o boletim, as taxas obtidas em 8 de março mostram evolução do indicador desde 17 de julho do ano passado, apontando uma tendência de piora tanto nos estados e no Distrito Federal, como nas capitais.
Publicidade
Na última semana, somente o Pará apresentou melhora para saída da zona de alerta crítico e retorno à zona de alerta intermediário. Dezessete estados e o Distrito Federal mantiveram taxas iguais ou superiores a 80%, e mais dois estados somaram-se a eles, resultando em um total de 20 unidades federativas na zona de alerta crítico, das quais 13 com taxas superiores a 90%. Seis estados que se mantiveram na zona de alerta intermediária ( 60,0% e < 80,0%) apresentaram crescimento do indicador.
Diante do quadro atual, os pesquisadores defendem como principal medida de controle e redução da transmissão e do número de casos por Covid-19, assim como para a diminuição do contínuo crescimento de óbitos diários, a adoção de “Medidas de Supressão ou Bloqueio”, com incorporação de medidas mais rigorosas de restrição da circulação e das atividades não essenciais. Soma-se a estas medidas o uso de máscaras em larga escala social.

“A combinação de elevados percentuais de uso de máscaras com medidas de distanciamento físico e social tem resultado em maior controle da transmissão. Se regulamentações governamentais sobre o uso de máscaras são importantes, sozinhas são insuficientes, devendo ser realizadas campanhas sobre a importância do uso e como usar, além da distribuição gratuita de máscaras em larga escala”, afirmam os pesquisadores.