Sem leitos, hospital avisa que fechou o pronto-socorro, em Goiânia
Sem leitos, hospital avisa que fechou o pronto-socorro, em GoiâniaFoto: reprodução internet
Por O Dia
Um hospital particular da cidade de Goiânia fechou o pronto-socorro de sua unidade para novos pacientes. Todos os leitos de enfermaria e de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) se encontram ocupados. As redes sociais do hospital que foram as responsáveis por informar a falta de vagas. Por meio de uma recomendação, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu que as unidades não fechem as portas.
De acordo com o Painel da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), na manhã deste domingo (14), a capital goiana se encontrava com 100% de ocupação dos leitos de UTI para pacientes com o novo coronavírus.
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Através de uma nota a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) confirmou que as unidades hospitalares estão tendo que suspender temporariamente o atendimento nos prontos-socorros por falta de profissionais, equipamentos e insumos.
Colapso
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A presidente da Sociedade Goiana de Infectologia (SGI), Cristiane Kobal, afirmou que o estado de Goiás está sofrendo com um colapso no sistema de saúde tanto da rede privada quanto da rede pública. De acordo com Kobal, os profissionais de linha de frente não estão conseguindo oferecer o tratamento adequado para todos os pacientes, justamente por falta de vagas.
Segundo o último balanço da SES, divulgado na tarde de sábado, Goiás registrou 432.878 pessoas contaminadas e 9.537 mortes por coronavírus desde o início da pandemia. Foram 2.501 casos positivos e 65 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas.
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Com o aumento no número de contaminados, a Prefeitura de Goiânia decretou o fechamento do comércio não essencial por mais 14 dias no município, para tentar conter o avanço do novo coronavírus.
Unidades devem permanecer abertas
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O Ministério Público de Goiás (MP-GO) orientou que às unidades particulares de Goiânia sigam com  as unidades de pronto-socorro em funcionamento. A recomendação foi assinada no último sábado (13), com a justificativa de que os hospitais devem continuar atendendo por se tratar de um serviço essencial.
Segundo o órgão, a medida foi tomada diante da constatação de que estabelecimentos de saúde fecharam suas unidades de pronto-atendimento sob o argumento de que não há leitos, por conta do aumento no número de internações decorrentes da pandemia de coronavírus. De acordo com o entendimento dos promotores Antônio de Pádua Rios e Susy Áurea Carvalho Pinheiro, responsáveis pela recomendação, a recusa de prestar atendimento pode ser considerada como crime.
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A recomendação do MP foi encaminhada para os hospitais Jacobi Facuri e Ruy Azeredo, ambos da rede privada. De acordo com o órgão, chegou ao conhecimento do MP que tais unidade fecharam seus prontos-socorros e, com isso, estariam “infringindo dispositivos da Constituição Federal e do Código Penal, além de normativas relacionadas à contenção da pandemia pelo coronavírus”.