Caso isso ocorra, a situação nos hospitais ao redor do país pode se agravar, já que mesmo com a abertura de leitos de UTIs, os médicos não conseguirão tratar dos pacientes porque não será possível intubá-los. O cenário pode fazer com que o número de óbitos cresça ainda mais, pois as pessoas poderão morrer sufocadas sem que os profissionais consigam garantir a elas a ventilação mecânica. De acordo com a Folha, as associações que reúnem intensivistas, hospitais e operadoras de saúde vão se reunir com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para discutir soluções urgentes para o problema.
"O número de internações aumentou, a permanência dos doentes nas UTIs também, e o consumo dos medicamentos explodiu", diz Reinaldo Scheibe, presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge). A entidade representa operadoras de planos de saúde e seguradoras, que trabalham com hospitais próprios ou credenciados. De acordo com Scheibe, "os relatos se repetem em todo o país".
Ainda segundo o jornal, médicos que trabalham em UTIs de São Paulo fizeram o mesmo relato à coluna em anônimo. Um dos profissionais afirmou que está vivendo momentos "infernais", que a curva de internações só cresce na instituição em que trabalha e que já está "começando a faltar insumos" para tratar de doentes em estado grave.
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